No mundo do desporto profissional, o antidoping configura-se como vital não só para assegurar a igualdade de circunstâncias entre atletas, como também a sua própria saúde e o seu bem-estar.
A verdade é que o doping no desporto se tem revelado problemático desde há muito, o que, inevitavelmente, acabou por conduzir à implementação de medidas exaustivas de antidopagem por parte de organizações como a Agência Mundial de Antidoping (AMA), fundada em 1999 com total independência por iniciativa do Comité Olímpico Internacional (COI).
Estas medidas são aplicáveis à escala global, de modo a promover uma competição transparente, proteger a integridade dos atletas e manter a confiança no domínio desportivo.
Em território nacional, é a Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) que lidera os esforços no que ao cumprimento dos protocolos de antidoping diz respeito, nos termos das disposições internacionais definidas pela AMA.
Saber como funciona a antidopagem aos níveis local e global é fundamental não só para os atletas de alta competição, como também para os fãs que os acompanham e com os quais interagem, sobretudo a partir da bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal, que te traz este artigo informativo (mais um entre tantos outros) em prol da transparência desportiva.
O que é o antidoping no desporto?
O conceito de antidoping (ou antidopagem) compreende um conjunto de regras, exames físico-químicos e programas educativos concebidos com vista à prevenção da utilização de substâncias ou métodos dopantes proibidos.
Sob o escrutínio da AMA e de agências nacionais como a ADoP, o principal objetivo da antidopagem é assegurar a transparência através da deteção, detenção e gestão do doping na esfera desportiva.
Todos os atletas de alta competição encontram-se sujeitos a análises e exames ocasionais, independentemente de estarem ou não a competir num determinado momento; estes procedimentos são executados sem qualquer aviso prévio, para que os atletas saibam que existe sempre a possibilidade de virem a ser testados, contribuindo, assim, para dissuadi-los da adesão a substâncias proibidas.
Em Portugal, a ADoP tem desempenhado um papel preponderante, sobretudo em modalidades desportivas como o ciclismo e o atletismo, que já se depararam com situações de dopagem.
De sublinhar que a ADoP é responsável pela coordenação da testagem de atletas e campanhas educativas elucidativas da importância de práticas de fair play por todo o país.
A lista de substâncias proibidas e a sua importância
A lista de substâncias proibidas constitui uma ferramenta fundamental no que diz respeito ao cumprimento dos princípios de antidopagem definidos pela AMA e seguidos pela ADoP.
Esta listagem inclui toda uma variedade de drogas e métodos considerados como sendo prejudiciais à saúde dos atletas, bem como à transparência desportiva.
Entre as substâncias em causa, podemos encontrar esteroides anabólicos, hormonas (como eritropoietinas) e estimulantes, a par de substâncias mais recentes como moduladores seletivos dos recetores de androgénio (selective androgen receptor modulators – SARMs, originalmente) e dopantes de genes.
Em Portugal, a ADoP adere escrupulosamente a esta lista, certificando-se de que os atletas nacionais têm perfeita noção das substâncias que devem evitar; é obrigatório que estes se mantenham informados relativamente a quaisquer atualizações efetuadas à lista, uma vez que mesmo o consumo inadvertido de uma substância proibida poderá resultar em graves penalizações.
Como são efetuados os testes antidopagem?
Em Portugal, tal como na maioria dos países, os testes antidopagem seguem estritamente as regras definidas pela AMA; eis como tudo se processa:
1. Notificação
O primeiro passo consiste em informar os atletas de que os mesmos foram selecionados para testagem, algo que pode acontecer a qualquer momento, quer em fase de treino, quer durante uma competição.
2. Recolha de amostras
Os atletas providenciam ou uma amostra da sua urina, sob a supervisão de um oficial, ou uma amostra de sangue, recolhida por um clínico devidamente certificado.
As amostras são separadas em tubos de ensaio rotulados “A” e “B”, de modo a possibilitar a repetição do teste, caso se revele necessário.
3. Análise laboratorial
As amostras são remetidas a laboratórios acreditados pela AMA, onde serão analisadas para apuramento da presença de substâncias proibidas.
A amostra “A” é analisada em primeiro lugar e, caso teste positivo, os atletas poderão requerer a análise da amostra “B”, para confirmação do resultado.
Reforçamos que a testagem é efetuada dentro e fora de competição, assegurando, desta forma, uma abordagem minuciosa à prevenção do doping.
No caso do futebol português, por exemplo, os jogadores da Primeira Liga encontram-se constantemente sujeitos a estes testes, o que reflete o compromisso do país para com a transparência desportiva.
O que acontece quando um atleta é apanhado?
Na eventualidade de um atleta testar positivo para uma substância proibida, as consequências são severas.
Em Portugal, os atletas que violarem as normas antidoping poderão ser suspensos preventivamente, enquanto decorrem investigações e audiências; dependendo da gravidade da infração, a penalização poderá variar entre um aviso e uma suspensão durante vários anos.
Um dos casos mais notáveis e recentes na história do desporto nacional envolve ciclistas profissionais que se viram envolvidos em escândalos de doping no decorrer de competições nacionais como a Volta a Portugal, cuja 84.ª edição, realizada em 2023, abordámos no nosso blogue de prognósticos desportivos e guias de apostas.
Amaro Antunes, tricampeão da prova-rainha do ciclismo português em representação da W52-FC Porto, foi suspenso preventivamente pela União Ciclista Internacional (UCI) no princípio de fevereiro de 2023, tendo sido, em última instância, proibido de competir por quatro anos, perdendo o título da edição de 2021 da Volta a Portugal, mantendo, contudo, os triunfos de 2017 e 2020.
Também João Benta, em representação da Efapel, foi suspenso provisoriamente na mesma altura, acabando por ser afastado das provas durante oito anos, uma sanção agravada pela reincidência; os triunfos que o atleta conquistou entre julho de 2017 e fevereiro de 2023 foram-lhe retirados.
Estes casos, que inclusivamente contaram com a participação da Polícia Judiciária e do Ministério Público, contribuíram para o reforço do escrutínio e da importância da testagem regular em desportos de alto risco como é, precisamente, o ciclismo.
Como acabámos de ver, os atletas que testam positivo podem perder os seus títulos, medalhas e recordes, impactando profundamente as suas carreira e reputação.
Em Portugal, os atletas declarados culpados de doping são habitualmente nomeados publicamente, o que danifica ainda mais a sua imagem entre os vários interlocutores da comunidade desportiva.
Educação e prevenção na luta contra a dopagem
A antidopagem em Portugal não consiste meramente na punição dos atletas que a praticam – existe também uma vertente didática através de múltiplas campanhas educativas patrocinadas pela ADoP, que prepara atletas, treinadores e pessoal médico para os perigos do doping e que alerta para a importância do fair play.
Estes programas são sobretudo direcionados a talento jovem, para que os futuros atletas de alta competição conheçam os riscos por detrás das práticas de doping desde cedo.
São realizadas oficinas, disponibilizados recursos online e estabelecidas parcerias com federações desportivas portuguesas.
A promoção do jogo limpo dos primórdios ao topo de carreira ajuda a reduzir a prevalência do doping no futuro próximo.
Para concluir
Saber como o doping no desporto é gerido aos níveis global e nacional contribui para que os fãs das várias modalidades desportivas interajam com as mesmas responsavelmente, quer acompanhem os seus atletas favoritos na qualidade de simpatizantes, quer na qualidade de apostadores.
Em Portugal, cabe à ADoP efetuar a prevenção do doping, com vista a preservar a integridade do desporto nacional.
Através de fortes sentidos de educação, testagem e penalização para incumpridores, o combate ao doping continua a ser uma pedra basilar das modalidades desportivas da contemporaneidade.