A partir de agora vais conhecer a história do Maniche que não gosta de grelos. Mas que teve de os comer para não fazer má figura em frente a uma das figuras incontornáveis do futebol português. Atenção, isto é uma história épica, mas também hilariante.
B.I. Quem é Maniche?
Nuno Ricardo Oliveira Ribeiro, Maniche no mundo futebolístico, é dos poucos jogadores que passaram pelos três grandes do futebol português.
Nasceu no Benfica, foi campeão europeu no FC Porto e despediu-se no Sporting, clube de que sempre foi sócio.
Pelo meio passou ainda por grandes clubes lá fora como Chelsea, Atlético Madrid ou Inter de Milão.
Pela seleção nacional somou 52 internacionalizações e marcou 7 golos. Participou ainda no inesquecível Euro 2004 perdido para a Grécia. Contudo, ganhou tudo o que havia para ganhar ao serviço do FC Porto. Campeonatos, Taça de Portugal, Supertaça. Mas sobretudo, competições internacionais como a Liga dos Campeões, a Taça UEFA e ainda a Taça Intercontinental.
Nesse sentido, é atualmente um dos jogadores portugueses mais lembrados em todo o mundo. Além disso, os golos bonitos que foi marcando são inesquecíveis. Por exemplo, aquele que marcou por Portugal à Holanda no Euro 2004.
A carreira de Maniche
Foi no bairro da Boavista, em Lisboa, que nasceu aquele é considerado o último médio box-to-box do futebol. Aliás, não há ninguém que goste de futebol que não se lembre do golo marcado à Holanda. Corre o boato que é dos golos da seleção portuguesa que mais vezes é visto e partilhado nas redes sociais.
Os primeiros tempos
Com uma infância dura, Maniche refugiou-se na bola, tendo chegado ao Benfica aos nove anos.
Sportinguista por influência do pai, queria era jogar e como o bilhete do autocarro só dava até à Luz, lá foi para os encarnados jogar. Por essa altura ganha a alcunha de Maniche pela semelhança física com o dinamarquês Michael Manniche, que jogava na equipa principal do Benfica.
Em 1995/96, Artur Jorge chama-o para jogar na Taça UEFA frente ao Lierse. Antes do jogo houve troca de treinador e é Mário Wilson quem o lança. Segue depois por empréstimo para o Alverca para desenvolver as suas capacidades. Passadas três épocas, Jupp Heynckes decide apostar no Maniche. Na primeira época, foi opção consistente. 12 golos em 35 jogos e a jogar pela esquerda.
Mourinho
Em 2000/01, já com estatuto na Luz, conhece Mourinho, um treinador que marcaria a sua carreira. Na Luz após a saída de Mou, não mais jogou por desentendimentos com a direção do Benfica. Esteve uma época sem jogar. Apenas treinava.Finalmente, sendo jogador livre vai para o FC Porto, e o resto desta história todos nós sabemos.
Agora os grelos
Em 2018, lançou um livro com o nome “Maniche 18, as Histórias (Ainda) não contadas”. Uma das histórias acontece em casa de Pinto da Costa. Antes de assinar pelos Dragões, Maniche foi jantar a casa do presidente portista para acertar os últimos pormenores do contrato. Só não contava com a refeição que lhe foi servida.
“Pinto da Costa convidou-me para ir jantar a sua casa. A mesa estava colocada na sua sala de refeições. Sentámo-nos e a sua esposa põe um tacho na mesa. Retira a tampa e eu nem queria acreditar no que vi. Era arroz de grelos com filetes de peixe. Pensei para mim, oh, não! Eu não gosto de leguminosas, e grelos, então, dispenso totalmente. Em contrapartida, comi tudo, tudinho, até ao último bago de arroz. Mesmo. Mais, no final ainda elogiei o arroz de grelos, referindo estar divinal. Muito, muito bom. Os meus sinceros parabéns.
O presidente do FC Porto ainda me perguntou se eu não queria repetir. Repetir? Não!!! Pensei eu. No entanto, respondi que já estava saciado e que à noite, por norma, não gostava de comer muito. Em suma, saí da casa do presidente Pinto da Costa radiante, cheio de vontade de começar a treinar no meu novo clube e com fome! Muita fome, mesmo. Enfim, até hoje não sei se o Pinto da Costa percebeu em algum momento, naquela noite, que eu detestava grelos”.
