Futebol

Rui Barros, a formiga atómica que entupia restaurantes em Turim

Rui Barros jogou entre outros, no FC Porto e na Juventus

Rui Barros que fez história no FC Porto, também jogou, e muito, na Juventus. E sempre que há um jogo entre a Juventus e o FC Porto, lá vem à memória a passagem do Rui Barros por estes dois históricos clubes do futebol.

Antes de mais nada, referir antigamente que um jogador português ser transferido era muito difícil. Sobretudo, pelo desconhecimento provocado pelo pouco investimento em olheiros. Todavia, um, Itália – Portugal (0-0), jogo que serviu de qualificação para os Jogos Olímpicos Seul em 88, mudaria tudo. A sua exibição fez o selecionador italiano, Dino Zoff ficar maravilhado. Nesse sentido, é convidado nesse ano vai treinar à experiência na Juventus e agrada logo a quem o vê. Como resultado, acontece a contratação do jogador português.

Custou o mesmo que o Futre

Durante a apresentação, o antigo avançado lembra que ficou assustado. A título de curiosidade, a transferência valeu 630 mil contos (mais de 3 Milhões de euros se fosse hoje) para o FC Porto. O mesmo valor da transferência de Paulo Futre para o Atlético Madrid, no ano anterior. Fez um total de 88 jogos e 18, para todas as competições. Se formos aos detalhes, na primeira temporada, fez quatro bis. Na segunda, só um e ao Milão. O jogo da despedida foi com a Fiorentina que lhe valeu a conquista da Taça UEFA. Saiu para o Mónaco, no fim da era do treinador Dino Zoff. Atenção que também ganhou uma Taça de Itália nesta mesma época de 1989/90.

A alcunha

A 22 de Julho de 1988, o português é apresentado em Turim, perante milhares de adeptos da Juve, que o batizaram prontamente por Formiga Atómica. Assim, com apenas 1,56 metros de altura, Rui Barros foi grande, e teve uma excelente carreira, mas o início não foi fácil. Acima de tudo, porque a língua e o futebol praticado diferem daqueles a que estava habituado em Portugal.

A vida por lá

Enfim, viver em Turim foi bem complicado para o internacional português. E Rui Barros justifica que muitas vezes “pensava como era possível um Maradona, um Van Basten ou um Gullit saírem à rua. Quando ia a um restaurante, eu, que jogava na Juventus, e era pouco conhecido.Tinha de falar com tudo e todos. Faziam fila para falar comigo. Até pessoas que não estavam no restaurante, mas ouviam falar lá fora de mim e entravam. Os restaurantes ficavam cheios e faziam fila para falar comigo. Pessoas de todas as idades e nem só adeptos da Juventus. Todos tinham curiosidade”.

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