Futebol

A história da Liga das Nações: o nascimento de uma nova competição internacional

A Liga das Nações da UEFA tem vindo a reformular o panorama do futebol internacional desde a sua criação, em 2018.

Trata-se de uma competição internacional de futebol que rapidamente se estabeleceu como um torneio fundamental no calendário desportivo europeu, concebida com o intuito de fomentar um espírito de competitividade mais protuberante entre as 55 seleções nacionais cujas federações se encontram sob a tutela da UEFA e de entusiasmo entre adeptos e simpatizantes.

Neste artigo, da autoria da bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal, abordaremos a história da Liga das Nações, incluindo as suas origens, o seu formato e alguns dos momentos mais marcantes que definiram esta competição.

Discutiremos também o seu impacto sobre o futebol na Europa e atentaremos no futuro, procurando descortinar o que devemos esperar da próxima edição.

A origem da Liga das Nações: a criação de uma nova competição

A história da Liga das Nações começa oficialmente no ano de 2018, quando a UEFA, órgão regulador das competições de futebol da Europa e uma das seis confederações regionais tuteladas pela FIFA, decidiu apresentar uma solução para vários problemas que praguejavam o futebol internacional, nomeadamente, no que concerne os jogos amigáveis, aos quais faltava um toque de intensidade, senão mesmo interesse da parte dos adeptos.

Esta questão já se encontrava sob discussão desde 1999, numa altura em que vários órgãos da UEFA procuravam satisfazer as necessidades de múltiplas federações nacionais no que diz respeito, sobretudo, à falta de financiamento.

Como tal, em 2001, a UEFA procedeu à apresentação de três possíveis formatos para uma nova competição de seleções, encontrando-se a primeira edição prevista para o triénio de 2004-07, embora não viesse nunca a concretizar-se.

Mais de uma década depois, em outubro de 2013, o então presidente da Federação Norueguesa de Futebol, Yngve Hallén, confirmou publicamente que seria criada uma competição de seleções de futebol para se juntar aos já existentes Mundial da FIFA e Campeonato da Europa da UEFA.

O conceito por detrás daquela que é hoje a Liga das Nações da UEFA assenta na distribuição de todas as seleções nacionais europeias por grupos, uma alocação que tem por base uma classificação cuja fórmula depende dos resultados mais recentes, podendo as várias equipas ser promovidas ou relegadas para grupos diferentes consoante os resultados obtidos dentro do grupo em que se encontravam originalmente.

A competição decorreria sempre em conformidade com o calendário da FIFA para jogos internacionais, em datas anteriormente reservadas a encontros amigáveis, sem qualquer interferência nos Mundiais da FIFA ou nos Campeonatos da Europa da UEFA.

Em março de 2014, o então secretário-geral da UEFA (e futuro presidente da FIFA), Gianni Infantino, emitiu uma declaração, atestando que esta seria uma forma de as federações de futebol “menos glamorosas” conseguirem mais encontros para as respetivas seleções, assim como mais lucro, dada a centralização do contrato de direitos de transmissão com a UEFA.

A Liga das Nações foi, assim, adotada por unanimidade no XXXVIII Congresso Ordinário da UEFA pelas suas 55 federações nacionais de futebol, no final do mesmo mês.

Através desta nova competição internacional de futebol, tanto a UEFA, como a FIFA viriam a trazer algo mais para jogo, eliminando momentos no calendário internacional que não teriam qualquer resultado prático, como acontecia com os duelos amigáveis.

Agora, existe um troféu e um prémio pecuniário para conquistar, sendo que os atuais campeões em título, a seleção espanhola, receberam €10,5M em 2023, enquanto a seleção croata, a segunda classificada, recebeu €9M.

No fundo, a visão da UEFA consistiu em fazer destas pausas internacionais algo de mais entusiasmante, quer para os jogadores, quer para os adeptos, sem ser necessário esperar pelos supramencionados torneios, uma vez que a distribuição das várias seleções por grupos com base num equilíbrio estatístico permite que equipas consideradas menos fortes possam competir com outras do seu nível.

O formato da Liga das Nações: como funciona a competição

Época de 2018/19

A Liga das Nações da UEFA começou por repartir as seleções participantes por quatro grupos (designados por “Ligas”):

  • Liga A – 12 seleções;
  • Liga B – 12 seleções;
  • Liga C – 15 seleções;
  • Liga D – 6 seleções.

Em cada Liga, formavam-se quatro grupos de três ou quatro seleções, sendo que estas se encontravam sempre duas vezes, em casa e fora.

Época de 2020/21

Concluída a primeira edição da Liga das Nações, a UEFA optou por rever o formato e aplicá-lo imediatamente a partir da época de 2020/21, passando a ser esta a distribuição do número de seleções participantes:

  • Liga A – 16 seleções;
  • Liga B – 16 seleções;
  • Liga C – 16 seleções;
  • Liga D – 7 seleções.

Contribuíram para o novo formato da Liga das Nações fatores como a suspensão de relegações nas Ligas A e B, a promoção das duas melhores seleções de cada grupo das Ligas C e D (em vez de apenas uma) e a promoção da terceira melhor seleção da Liga D.

A intenção das federações nacionais era reduzir ainda mais o número de jogos amigáveis disputados, o que resultou num incremento de 142 para 168 partidas, aumentando substancialmente o lucro obtido através dos direitos de transmissão vendidos às televisões.

Passaram a jogar-se mais encontros, sobretudo no âmbito das Ligas A e B, que reúnem as 32 melhores seleções de futebol da Europa, em vez de 24, como acontecia anteriormente.

A Liga de topo é, naturalmente, a Liga A, que prevê a passagem direta às fases eliminatórias dos vencedores dos seus quatro grupos, realizando-se duas meias-finais, um jogo para apuramento dos terceiro e quarto lugares e, ainda, a grande final, em que fica decidido quem é o novo campeão da Liga das Nações da UEFA.

Época de 2024/25

Será já na edição de 2024/25 que os vencedores e os segundos classificados dos grupos da Liga A avançarão para uma nova fase de quartos-de-final jogada a duas mãos, tanto em casa, como fora.

Em caso de empate na classificação, os vencedores de um determinado grupo terão de defrontar os segundos classificados de um grupo diferente, sendo que os primeiros serão os anfitriões da segunda mão.

É também possível às seleções participantes serem promovidas ou relegadas a uma Liga mais ou menos elevada, respetivamente.

A partir da edição de 2020/21, os vencedores dos grupos das Ligas B, C e D começaram a ser automaticamente promovidos à Liga imediatamente superior, enquanto os últimos classificados de cada grupo das Ligas A e B passaram a ser relegados à Liga imediatamente inferior.

Até à edição de 2022/23, as seleções da Liga C com despromoção prevista eram determinadas com recurso a duelos entre as seleções classificadas em quarto lugar, sendo que os critérios para estes empates se baseavam inteiramente na classificação geral das seleções participantes na Liga das Nações.

As seleções vencedoras após um resultado agregado de duas mãos permaneciam na Liga C, enquanto as seleções derrotadas acabavam relegadas para a Liga D.

A partir da edição de 2024/25, as duas formações com os piores resultados da Liga C serão automaticamente despromovidas.

Serão ainda introduzidos play-offs de promoção e relegação, em que os terceiros classificados da Liga A defrontarão os segundos classificados da Liga B, os terceiros classificados da Liga B defrontarão os segundos classificados da Liga C, e os dois melhores quartos lugares da Liga C defrontarão os segundos classificados da Liga D, passando os vencedores à Liga imediatamente superior e os derrotados à Liga imediatamente inferior.

Independentemente de cada situação, serão sempre as seleções mais bem classificadas a organizar a segunda mão; em caso de empate após a agregação de resultados, procede-se a prolongamento sem que, contudo, seja aplicada a regra do golo qualificado, em que a equipa com o maior número de golos marcados fora ganha.

Se a situação de igualdade persistir, será necessário avançar para um desempate por grandes penalidades.

Momentos marcantes da Liga das Nações: glórias e surpresas

Apesar de uma história relativamente curta, as últimas edições da Liga das Nações da UEFA já produziram alguns momentos memoráveis.

Portugal, o primeiro campeão

A seleção portuguesa, embalada, à época, pela conquista do seu primeiro e único título de campeões europeus em Paris, em 2016, face à formação da casa, venceu o primeiro troféu de sempre, tendo derrotado os Países Baixos por uma bola a zero (golo de Gonçalo Guedes, então com 22 anos) em território nacional, no Estádio do Dragão, no Porto, a 9 de junho de 2019.

Esta foi mais uma vitória que cimentou o lugar de Portugal na qualidade de potência futebolística europeia e que contribuiu para a expansão da lista de sucessos internacionais da “Seleção das Quinas”.

França foi a segunda seleção a vencer o troféu, em 2021, frente a Espanha, por duas bolas a uma.

A seleção espanhola levaria a melhor na final da edição seguinte, em 2023, derrotando a Croácia com recurso ao desempate por grandes penalidades.

Uma goleada espanhola

É claro que também outras formações deixaram já a sua marca na competição – Espanha, por exemplo, goleou a Alemanha na sexta jornada da fase de grupos da edição de 2020/21 por seis bolas a zero (três por cada parte), obra de Álvaro Morata (aos 17 minutos), Ferrán Torres (aos 33, 55 e 71 minutos), Rodri Hernández (aos 38 minutos) e Mikel Oyarzabal (aos 89 minutos).

Projeção de nações futebolisticamente inferiores

Seleções com menor projeção desportiva como a Macedónia do Norte e a Finlândia têm-se servido da competição para se evidenciarem cada vez mais, conquistando a promoção a Ligas superiores e adquirindo experiência nos palcos internacionais.

O impacto da Liga das Nações no futebol europeu

É absolutamente irrefutável que a criação da Liga das Nações da UEFA alterou por completo o panorama do futebol europeu.

Ao substituir duelos amigáveis e inconsequentes por encontros em que está tudo literalmente em jogo, esta competição veio revitalizar o futebol internacional nos anos de pausa entre os Campeonatos da Europa da UEFA e os Mundiais da FIFA.

No caso de seleções como a portuguesa, a espanhola e a italiana, trata-se de uma oportunidade adicional para estas formações poderem demonstrar a sua predominância e investirem no seu legado.

Também as nações mais pequenas têm vindo a beneficiar extraordinariamente da existência da Liga das Nações – países como a Islândia, a Finlândia e o Kosovo têm aproveitado esta competição para se debaterem com seleções em igualdade de circunstâncias, adquirindo mais experiência à medida que procuram ser bem-sucedidas em torneios de maior envergadura.

Esta inclusividade contribui para um maior equilíbrio entre os vários interlocutores, permitindo aos países com uma história futebolística mais curta ascender progressivamente a lugares de cada vez maior destaque.

Além do mais, a Liga das Nações da UEFA ajudou a redefinir o calendário do futebol na Europa – os adeptos têm agora mais razões para assistir ao torneio, uma vez que todos os jogos têm consequências tangíveis, seja a qualificação para as fases eliminatórias ou simplesmente evitar a despromoção para uma Liga inferior.

O futuro da Liga das Nações: o que esperar da próxima edição

É mais do que provável que a competição traga consigo ainda mais surpresas em edições vindouras, mas, enquanto não podemos descortiná-las, foquemo-nos no que já sabemos em relação a esta.

O percurso da “Seleção das Quinas”

Portugal estreou-se na Liga das Nações da UEFA de 2024/25 a 5 de setembro, no Estádio da Luz, no âmbito do Grupo 1, frente à seleção croata, que bateu por duas bolas a uma, sendo que o golo da Croácia foi uma oferta de Diogo Dalot, defesa de 25 anos a jogar pela seleção principal desde 2021 e ao serviço do Manchester United (da Premier League) desde 2018.

Três dias depois, a “Seleção das Quinas” recebeu a Escócia (novamente no Estádio da Luz), obtendo o mesmo resultado do duelo anterior, com golos de Bruno Fernandes, médio-atacante de 30 anos a jogar pela Seleção A de Portugal desde 2017 e pelo Man. United desde 2020, e Cristiano Ronaldo, avançado de 39 anos ao serviço da seleção principal portuguesa desde 2003 e do Al Nassr (da Saudi Pro League) desde 2023.

Os encontros seguintes serão jogados fora, a começar pelo duelo com a Polónia, que Portugal defrontará no dia 12 de outubro, às 19h45 (fuso horário de Lisboa), no Estádio Nacional de Varsóvia, seguindo-se a segunda ronda com a Escócia a 15 de outubro, também às 19h45, em Hampden Park, na cidade de Glasgow; a transmissão em direto de ambos os confrontos encontra-se assegurada pela RTP1.

Entretanto, o selecionador nacional, Roberto Martínez, de 51 anos, já fez saber quem são os convocados para estes dois duelos.

Jogadores portugueses convocados

Guarda-redes

  • Ricardo Velho;
  • Rui Silva;
  • Diogo Costa.

Defesas

  • Nélson Semedo;
  • Diogo Dalot;
  • João Cancelo;
  • Rúben Dias;
  • Gonçalo Inácio;
  • António Silva;
  • Renato Veiga;
  • Nuno Mendes.

Médios

  • Rúben Neves;
  • João Palhinha;
  • Bernardo Silva;
  • Otávio;
  • Vitinha;
  • Samuel Costa;
  • João Neves;
  • Bruno Fernandes.

Avançados

  • Francisco Conceição;
  • Francisco Trincão;
  • Diogo Jota;
  • Cristiano Ronaldo;
  • Pedro Neto;
  • João Félix;
  • Rafael Leão.

Situação em outubro de 2024

A “Seleção das Quinas” lidera, para já, a classificação do Grupo 1, com seis pontos, produto das suas duas vitórias.

Croácia e Polónia estão empatadas a três pontos, embora a última registe uma maior diferença de golos, o que significa que, a manter a posição, terá de jogar os play-offs para evitar a relegação.

Por último, a Escócia, somando duas derrotas, poderá descer à Liga B.

Antevisão do Polónia x Portugal

Estima-se que a Seleção de Portugal tenha 58% de hipóteses de se sagrar vencedora, enquanto a Polónia regista apenas 18%, sobrando 24% para um potencial empate.

Até à data, estas seleções já se encontraram 13 vezes, sendo que Portugal venceu cinco e empatou outras tantas, marcando um total de 18 golos, face aos 13 dos polacos.

Os últimos cinco confrontos, decorridos entre 2007 e 2018, resultaram em quatro empates e uma vitória para Portugal.

Antevisão do Escócia x Portugal

A seleção portuguesa tem, de acordo com a Lei das Probabilidades, 54% de hipóteses de vencer a Escócia pela segunda vez este torneio, enquanto os escoceses registam 22%, sobrando 24% para a possibilidade de empate.

Escócia e Portugal já se encontraram 16 vezes na sua história, entre 1950 e 2024; a “Seleção das Quinas” evidenciou a sua superioridade em nove duelos, deixando que os escoceses levassem a melhor em quatro partidas.

Os portugueses contam com 23 golos marcados, enquanto os homens da Escócia totalizam 15.

Nas últimas cinco partidas disputadas entre si, só a mais distante no tempo, jogada a 14 de outubro de 1992, no contexto da qualificação das seleções europeias para o Mundial da FIFA de 1994, produziu um empate; as restantes quatro trouxeram alegria aos portugueses, sobretudo a de 28 de abril de 1993, vencida por uma goleada de cinco bolas a zero.

Dicas de apostas

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Para concluir

Façamos uma síntese dos dois próximos jogos de Portugal:

  • O duelo com a Polónia joga-se a 12 de outubro, enquanto o encontro com a Escócia realizar-se-á a 15 de outubro, sendo que ambos terão início às 19h45 de Lisboa;
  • A primeira partida jogar-se-á no Estádio Nacional de Varsóvia, disputando-se a segunda em Hampden Park, em Glasgow;
  • Ambos os confrontos contam para a Fase de Liga da Liga das Nações A da UEFA de 2024/25;
  • Os dois jogos serão transmitidos em direto pela RTP1.

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