Fernando Santos vai cumprir o jogo número 100 ao leme da seleção de Portugal. Foi a 29 de setembro de 2014 que ocupou o lugar que era outrora de Paulo Bento e não mais o largou.
A história do “Engenheiro” ao leme da equipa das quinas não começou da melhor forma, com uma derrota por 2-1 frente à França. No entanto, depressa mudou, ao conseguir a qualificação direta para o Euro 2016, mal sabendo ele (e nós) o que viria por aí.
Pontinho a pontinho, venceu o “Portugalinho”
De empate em empate na fase de grupos, a equipa lusa conseguiu chegar à fase a eliminar como um dos melhores terceiros lugares da prova, ficando atrás da Hungria e da Islândia no seu grupo.
O adversário nos oitavos de final foi a Croácia de Modric e, novamente após o nulo aos 90 minutos, Ricardo Quaresma lá marcou o golo que viria a dar seguimento ao sonho lusitano.
A Polónia opôs-se a Portugal no quinto jogo da prova, somando igualmente…isso mesmo, o quinto empate ao fim do tempo regulamentar. Renato Sanches e Robert Lewandowski fizeram os golos da partida para depois, durante os pontapés de penálti, se ouvir a frase que ficará para sempre: “Moutinho, anda bater, tu bates bem”. Dito e feito. Moutinho colocou Portugal nas meias-finais do Euro 2016.
Chegava então a armada de Gareth Bale e companhia para fazer frente aos portugueses. E, ao contrário do que acontecera nos jogos anteriores, Portugal venceu mesmo a partida no tempo regulamentar (2-0), encontrando na final… a França, o “carrasco” da Seleção, e que poderia vir a ser uma pedra no sapato do sonho português.
Apesar de todas as contrariedades (afinal, quem não se lembra de Cristiano Ronaldo prostrado no chão, a pedir substituição?), Fernando quis, Éder entrou, e a obra nasceu. 109 minutos foi o tempo necessário para derrotar os gauleses, os principais favoritos à vitória pela sua qualidade e, também, pelo facto de serem os anfitriões da prova.
O Engenheiro tinha concluído a sua maior façanha, levou Portugal ao delírio, venceu o campeonato europeu, e ainda cumpriu com o que havia prometido: voltar apenas no fim da prova, e com o “caneco” por baixo do braço.
Em casa mandamos nós – parte 2019
Depois da desilusão do Mundial de 2018, com a formação portuguesa a cair aos pés do Uruguai por 2-1 (bis de Cavani e golo de Pepe), Fernando Santos procurava devolver o estatuto vencedor da sua equipa.
Assim, a edição inaugural da Liga nas Nações serviu na perfeição para reorganizar a sua tropa. Ao garantir a presença na final four da competição, por ter ultrapassado Itália e Polónia na fase de grupos, Portugal encontraria então a Suíça no dia 05 de junho (parece que é um bom dia para jogar contra os helvéticos…) nas meias-finais.
O resultado, esse, pendeu para a equipa da casa, num jogo disputado no estádio do Dragão e que assistiu ao hat-trick de Ronaldo.
A história fez-se com Gonçalo Guedes a marcar o golo solitário da final, que deu a Taça da Liga das Nações a Portugal.
Fernando Santos cumpriu novamente, e desta vez em casa, permitindo assim mais um festejo a todos os portugueses.
E agora, sr. Engenheiro?
Portugal já está apurado para o Mundial de 2022, no Catar, depois de derrotar a Macedónia do Norte nos play-offs, havendo muita expectativa para os próximos capítulos.
A página 100 desta já longa caminhada a representar a Seleção das quinas irá ser escrita já frente à Rep. Checa, numa partida a contar para a Liga das Nações, e que ajudará a preparar a equipa para o grande evento deste inverno.
A nós só nos basta pedir que o Engenheiro construa uma nova vitória, e que, no dia 18, lá estejamos para festejar mais uma taça para Portugal.
Força, Engenheiro!