E eis que, depois de um longo mês de imparável competição, a 17.ª edição do Campeonato Europeu de Futebol de Seleções se prepara para a sua gloriosa conclusão.
Tudo começou em março de 2017, quando a União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) anunciou a candidatura de dois países que se haviam disponibilizado para receber o Euro 2024 – a Alemanha e a Turquia.
Através de uma maioria simples alcançada com os votos de 17 dos 20 membros da Comissão Executiva da UEFA, foi anunciado a 27 de setembro de 2018, em Nyon, na Suíça, que a nação alemã receberia a competição pela terceira vez, depois de ter acolhido o campeonato de 1988 (na República Federal da Alemanha, antes da reunificação de 1990) e quatro jogos da edição de 2020 (disputada em 2021), em Munique.
Exigindo-se um mínimo de 30.000 lugares por estádio, a Alemanha dispunha de uma vasta seleção de arenas, tendo sido escolhidas 10 no total, sendo que nove tinham já recebido o Mundial de Futebol da FIFA 2006, a saber:
- O Estádio Olímpico de Berlim;
- A Allianz Arena, em Munique;
- O Westfalenstadion, em Dortmund;
- A MHPArena, em Estugarda;
- A Arena AufSchalke, em Gelsenkirchen;
- O Volksparkstadion, em Hamburgo;
- O Waldstadion, em Frankfurt am Main;
- O RheinEnergieStadion, em Colónia;
- A Red Bull Arena, em Leipzig.
A Merkur Spiel-Arena, em Düsseldorf, seria o 10.º estádio eleito, que, apesar de não ter constado do programa para o Mundial de 2006, já havia sido utilizado para acolher jogos do Mundial de 1974 e do Euro 1988.
Com 24 lugares previstos para a fase de grupos, a Seleção da Alemanha, na qualidade de representante da nação anfitriã, qualificou-se automaticamente, sendo necessário apurar que outras 23 seleções se lhe juntariam em junho de 2024, algo a que se procedeu através de uma fase de qualificação que compreendeu 10 grupos e que decorreu entre março e novembro de 2023, depois do sorteio efetuado a 9 de outubro de 2022, em Frankfurt.
Tanto os primeiros como os segundos lugares de cada grupo garantiram passagem automática à fase de grupos, totalizando 20 lugares; os restantes três foram decididos com recurso a play-offs, disputados em março de 2024.
As seleções portuguesa, francesa, inglesa, belga, húngara e romena foram as únicas a qualificar-se sem perderem um único jogo, mas só uma desta enumeração, Inglaterra, chega agora à final, repetindo o feito de 2021, frente a Itália, para quem perdeu a oportunidade de conquistar pela primeira vez o título de campeã europeia; três anos depois, o duelo faz-se com a seleção espanhola.
É precisamente este Espanha x Inglaterra que discutiremos ao longo deste que é o último prognóstico da bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal, para o Campeonato Europeu de Futebol deste ano.
A final joga-se no próximo domingo, dia 14 de julho, pelas 20h00 de Lisboa.
Veremos primeiro como correram as meias-finais para cada uma das seleções finalistas, para depois podermos partilhar contigo as nossas melhores dicas de apostas no Euro 2024.
Visão geral das equipas
Espanha nas meias-finais do Euro 2024
A seleção espanhola alcança a final do Campeonato Europeu de Futebol sob a orientação de Luis de la Fuente, de 63 anos, tendo sido campeã pela primeira vez em 1964 e, posteriormente, em duas edições consecutivas, em 2008 e 2012; a única ocasião em que ficou em segundo lugar foi em 1984, tendo perdido a final para França, a nação anfitriã da edição daquele ano.
Ora, nem de propósito, Espanha disputou as meias-finais do Euro 2024 com a seleção gaulesa, acabando por batê-la por duas bolas a uma na última terça-feira, dia 9 de julho, em Munique.
A partida, arbitrada pelo esloveno Slavko Vinčić, começou por decorrer com relativa normalidade, embora os nervos tivessem recaído sobre os adeptos espanhóis logo aos nove minutos de jogo, quando Kolo Muani inaugurou o marcador para França, a partir de um cruzamento do capitão, Kylian Mbappé, a jogar já sem máscara de proteção.
O primeiro cartão amarelo foi mostrado cinco minutos depois a Jesús Navas, pela falta cometida sobre o número 14 francês, Adrien Rabiot.
Aos 21 minutos, a seleção espanhola repôs a igualdade pelo pé esquerdo de Lamine Yamal, o jogador mais jovem de sempre a marcar um golo no Campeonato Europeu de Futebol, com 16 anos, 11 meses e 26 dias; no contexto dos Mundiais da FIFA, só Pelé conseguiu uma proeza semelhante, marcando pelo Brasil pela primeira vez aos 16 anos e 8 meses.
Encontrando-se fora da grande área, Yamal deu bailinho a Rabiot e rematou a cerca de 23 metros da baliza, com direito a assistência do poste, impossibilitando a defesa de Mike Maignan.
Nem quatro minutos depois da festa, a seleção espanhola já fechava as contas com uma jogada impressionante, iniciada por Navas, que cruzou fora da grande área para a defesa de cabeça de William Saliba, permitindo a recuperação de Dani Olmo, que desferiu um remate rasteiro para o canto inferior direito da baliza, não deixando hipóteses a Maignan.
Inicialmente, a UEFA considerou que o golo fora da autoria de Jules Koundé, uma vez que este tocara a bola com a canela no sentido de desviá-la, mas chegou-se à conclusão, depois de analisadas as imagens de vários ângulos, de que o esférico iria parar ao fundo da rede sem a intervenção do francês.
Na segunda parte, foi Luis de la Fuente o primeiro a tomar a iniciativa das substituições pós-intervalo, enviando Daniel Vivian para o lugar de Navas, aos 58 minutos.
Dois minutos depois, Aurélien Tchouameni via um amarelo de Slavko Vinčić, seguindo-se uma substituição tripla da parte do selecionador francês, Didier Deschamps, de 55 anos, que trocou Rabiot, Kanté e Muani por Eduardo Camavinga, Antoine Griezmann e Bradley Barcola, respetivamente.
Não existindo grandes progressos, Deschamps fez uma última substituição aos 79 minutos, enviando Olivier Giroud para o lugar de Ousmane Dembélé; dez minutos depois, Camavinga viu um amarelo, seguindo-se Yamal, aos 90+1.
Luis de la Fuente fez mais duas substituições durante o tempo de compensação, dando entrada a Martín Zubimendi e Ferran Torres para os lugares de Nico Williams e Yamal, respetivamente, concluindo-se a partida com o apito final do árbitro esloveno.
Aconteça o que acontecer na final do Euro 2024, Lamine Yamal já fica na história do Campeonato Europeu de Futebol pelas melhores razões, a par de outras grandes surpresas, como o colega de equipa Marc Cucurella.
Feitas as contas, a seleção espanhola disputou esta época 10 jogos, obtendo oito vitórias, um empate e uma derrota; em matéria de golos, marcou 26 (para uma média de 2,6 por encontro) e sofreu 8 (para uma média de 0,8 por partida).
Inglaterra nas meias-finais do Euro 2024
A seleção inglesa está sob o comando técnico de Gareth Southgate, de 53 anos; como referimos supra, Inglaterra nunca venceu um Campeonato da Europa, sendo que a sua melhor qualificação foi a da edição anterior desta competição, em 2021, quando foi vice-campeã, perdendo o título para Itália, algo que, por si só, é já doloroso, mas mais ainda por ter ocorrido em casa, no lendário Estádio de Wembley, um dos melhores do mundo.
Repetindo-se o feito este ano, “Os Três Leões” esperam, naturalmente, conseguir levar desta vez o troféu para casa, depois de lá poder ter ficado há três anos.
A Seleção de Inglaterra chega à final depois de disputar as meias-finais com os Países Baixos, liderados por Ronald Koeman, de 61 anos, na passada quarta-feira, dia 10 de julho, em Dortmund, que bateu por duas bolas a uma.
O encontro foi apitado por um dos árbitros da casa, o alemão Felix Zwayer, assistido por toda uma equipa de compatriotas.
Os primeiros minutos do primeiro tempo passaram sem incidentes a registar – muito pelo contrário, Xavi Simons tratou de dar corda à “Laranja Mecânica” logo aos sete minutos, rematando a uns bons 30 metros da baliza de Jordan Pickford em direção ao fundo da rede; estava inaugurado o marcador, assim como a enxaqueca comum de que os ingleses padeceram durante os onze minutos seguintes.
Aos 17 minutos, Denzel Dumfries procurou intercetar a bola ao capitão inglês, Harry Kane, embora este já não tivesse o esférico consigo, acabando por levar com o pé de Dumfries, que o derrubou na grande área dos Países Baixos; inicialmente, Felix Zwayer não viu motivo para conceder falta à seleção inglesa, mas a permanência de Kane no chão e a chamada de atenção do VAR levaram a que o juiz conferisse as imagens por si próprio.
Desfeitas as dúvidas, Zwayer concedeu grande penalidade a Inglaterra e mostrou o primeiro cartão amarelo do jogo a Dumfries; aos 18 minutos, Kane bateu o penálti ao rematar rasteiro para o canto inferior esquerdo, acabando por converter e restabelecer a igualdade, não dando hipótese a Bart Verbruggen de segurar a bola.
Aos 22 minutos, a seleção inglesa esteve para festejar o seu segundo golo, da autoria de Phil Foden, quando Dumfries se redimiu do que acontecera quatro minutos antes e impediu que a bola transpusesse a linha de golo na totalidade, algo que acabou por ser confirmado pela equipa de arbitragem, com recurso à tecnologia.
O empate a uma bola manteve-se até à segunda parte, com um golo surpreendente de Ollie Watkins, que marcou já durante o tempo de compensação, aos 90+1 minutos, eliminando desde logo a possibilidade de uma ida a prolongamento, com uma vitória dos ingleses por duas bolas a uma.
Houve substituições duplas de última hora de ambos os lados, com Ezri Konsa e Conor Gallagher a entrarem para os lugares de Bukayo Saka e Kobbie Mainoo, respetivamente, e Brian Brobbey e Joshua Zirkzee a entrarem por Simons e Dumfries, respetivamente; em todo o caso, o marcador não mexeu e os Países Baixos ficaram pelo caminho, com Koeman a criticar o recurso à tecnologia, dado o penálti concedido a Kane.
Nesta época, Inglaterra disputou, tal como Espanha, 10 jogos, embora com resultados mistos – quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas; quanto a golos, foram marcados 12 (para uma média de 1,2 por partida) e sofridos oito (para uma média de 0,8 por encontro).
Ainda assim, e se a seleção inglesa se sagrar campeã, Jude Bellingham, médio de 21 anos, é apontado como forte candidato à conquista da Bola de Ouro pelo seu importante contributo ao longo de todo o caminho percorrido pela sua equipa neste campeonato.
Histórico de confrontos
Até à data, Espanha e Inglaterra encontraram-se 27 vezes, obtendo resultados relativamente equilibrados, atendendo às 10 vitórias da seleção espanhola e às 13 dos ingleses, restando apenas quatro empates.
O saldo de golos já é substancialmente diferente, uma vez que os espanhóis contam com 32, por oposição aos 45 da seleção inglesa.
As últimas cinco partidas disputadas por estas formações aconteceram entre novembro de 2011 e outubro de 2018; no espaço destes sete anos, cada seleção somou duas vitórias, existindo apenas um empate num jogo de preparação para o Euro 2016, a duas bolas.
Dicas de apostas
Analisados todos os dados disponíveis, dita a Lei das Probabilidades, à data de redação deste prognóstico, que Espanha tem 39% de hipóteses se sagrar campeã, enquanto Inglaterra regista 28%, restando um terço para um potencial prolongamento e/ou desempate por grandes penalidades.
Esperamos que tenhas estado atento a todas as informações que te transmitimos, considerando que serão cruciais quando chegar o momento de colocares as tuas apostas de futebol.
Os desempenhos individual e coletivo são dois dos fatores mais importantes a observar ao planeares a tua estratégia, tal como terás oportunidade de confirmar através do nosso guia que te explica como apostar em futebol, disponível aqui mesmo, no nosso blogue de prognósticos desportivos.
Apesar da reduzida percentagem, Inglaterra não deixa de ser uma das seleções favoritas à vitória do Euro 2024, algo que deves ter igualmente em conta, já para não falar dos melhores marcadores de sempre do Campeonato Europeu de Futebol, entre outras curiosidades relacionadas com esta competição.
Para concluir
Recordemos os detalhes deste decisivo encontro:
- A final do Euro 2024 joga-se entre Espanha e Inglaterra no próximo domingo, dia 14 de julho, às 20h00 (fuso horário de Lisboa);
- A partida será disputada no Estádio Olímpico de Berlim, na capital alemã;
- A transmissão em direto do jogo encontra-se assegurada pela RTP1.
Também a bwin TV te proporciona transmissões de jogos ao vivo, caso pretendas acompanhar o encontro através da nossa plataforma e colocar apostas ao vivo, tornando a tua experiência ainda mais imersiva.
A equipa de arbitragem será liderada pelo francês François Letexier, que conta com a assistência dos compatriotas Cyril Mugnier e Mehdi Rahmouni; as funções de quarto árbitro serão desempenhadas pelo polaco Szymon Marciniak.
A cargo do VAR estará o francês Jérôme Bisard, assistido pelo compatriota Willy Delajod e pelo italiano Massimiliano Irrati.
Da nossa parte é tudo! Voltaremos a falar do Campeonato Europeu de Futebol entre 2026 e 2027, possivelmente, mas antes, ainda há um Mundial da FIFA por disputar, cuja fase de qualificação será sorteada e anunciada em dezembro deste ano.
Vamo-nos encontrando por aqui para outras competições; até lá, diverte-te ao máximo, mas não te esqueças de o fazeres com responsabilidade e moderação.