Foi Manacor, em Maiorca, que viu Rafael Nadal nascer, mas foi em Paris que se sagrou campeão. Não foi a primeira, nem a segunda, mas a décima quarta vez que o tenista espanhol levantou o troféu de Roland Garros, para êxtase dos seus vários fãs.
No entanto, devemos recuar até ao início da sua já longa carreira para perceber o porquê de ser “Deus no céu e Nadal na terra”. Comecemos então pelo início desta bonita história de amor ao ténis.
Rafael Nadal – Roland Garros
O início dos 92 títulos
Sendo este o terreno predileto de Rafa Nadal, não é de estranhar então que a sua caminhada pelas vitórias tenha começado exatamente neste piso de terra batida, onde venceu o primeiro de quase uma centena de títulos. Sopot foi o primeiro palco onde Nadal mostrou o seu potencial.
O melhor estava ainda para vir: em 2005, o jovem Rafa começava a escrever o seu nome a letras de ouro na cidade parisiense. Com Mariano Puerta pela frente, o espanhol venceu em quatro sets, levantando assim o primeiro troféu do Roland Garros.
A partir daí, a histórica caminhada começou a ganhar forma: de Grand Slam em Grand Slam, Nadal tornou-se um dos principais conquistadores do mundo do ténis. Venceu os quatro Grand Slams, participou e venceu em Jogos Olímpicos e conseguiu bater vários recordes ao longo dos anos.
— bwin_pt (@bwin_portugal) June 5, 2022
Apesar da grande pressão a que está habituado, Rafael Nadal teve adversários de respeito, como é o caso de Roger Federer e Novak Djokovic. É aliás com este último que tem esgrimido as mais interessantes batalhas dentro dos courts. A mais recente, e uma das mais memoráveis dos últimos anos, será mesmo a meia-final disputada no Roland Garros de 2022.
Depois de mais de quatro horas de jogo, a epopeia “Rafa-Nole” foi mais favorável para o espanhol. No entanto, o equilíbrio perdurou quase até ao final, culminando para o lado daquele que foi o vencedor do torneio.
Numa partida jogada a quatro sets, Djokovic ainda tentou superar o seu oponente, que contava com bastante público a apoiá-lo, mas quando voltou ao seu nível, Nadal já estava imparável, naquela que foi uma final antecipada.
Nadal venceu então o seu 14.º Roland Garros, e o campo Phillipe Chatrier já é a sua casa, a qual poucas vezes dá a chave. No final de tudo, podemos não ter sempre Nadal, mas Nadal terá sempre Paris.
Roland Garros 2023: Rafael Nadal fora do seu torneio
2023 fica marcado por ser a primeira vez desde há quase 20 anos que Rafael Nadal não vai pisar o court principal do seu torneio favorito, o Roland Garros.
O tenista espanhol, que sofreu uma lesão muscular e que está afastado das grandes competições há várias semanas, anunciou que devido à mesma não participaria no torneio francês, deixando ainda outra notícia que deixou em choque o mundo do ténis: a retirada em 2024.
Assim sendo, sem Rafael Nadal, 14 vezes campeão do Roland Garros, e Roger Federer, que anunciou a sua retirada do ténis profissional também em 2023, é a vez de vários nomes emergirem como potenciais vencedores deste Grand Slam em 2023, entre eles Carlos Alcaraz. Será capaz o jovem espanhol de fazer justiça ao nome do seu compatriota?
Nadal e a terra batida: qual é o segredo?
Na verdade, Rafael Nadal sente-se como “peixe na água” quando joga em terra batida. Mas há algumas características deste terreno que podem ajudar a perceber o fascínio do espanhol por este tipo de torneios.
Em primeiro lugar, foi o terreno no qual aprendeu a jogar e onde a resistência do jogador tem um papel fundamental para o processo. Como todos sabemos, Nadal alia o seu grande porte físico a uma grande força mental. A resiliência que demonstra em campo é outro dos principais focos.
Por outro lado, o tenista canhoto faz-se também valer pelas suas pancadas fortes e longas, que afastam os seus oponentes. Segundo os especialistas, o facto de o terreno ser mais lento potencia a pancada forte de Nadal, o que acaba por dar menos hipóteses ao adversário.
No fundo, e apesar de todas as mazelas, Nadal já afirmou que não abandonará o ténis tão cedo. Apesar de sabermos que haverá um ponto em que terá de terminar, só nos resta fazer uma coisa: aproveitar, mais umas vez, as incríveis batalhas que Rafael Nadal proporciona, esperando sempre que não seja a última.
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