Um dos míticos torneios do circuito ATP – a Associação de Ténis Profissional – está quase a começar. O torneio de Wimbledon (Londres)é um dos quatro Grand Slam do ténis, e o mais antigo de todos – foi disputado pela primeira vez em 1877. Em 2022, o torneio começa a 27 de junho e estende-se até dia 10 de julho.
O que é um Grand Slam?
Os Grand Slam são os principais torneios da temporada de ténis, também conhecidos por majors. Wimbledon é a terceira prova de Grand Slam da temporada, num total de quatro. Os outros são o Open da Austrália, o Open de França (Roland Garros) e o US Open, jogado nos Estados Unidos da América.
Wimbledon 2022: prémios, curiosidades e dados históricos
Existe um dado especialmente curioso acerca desta competição: os jogadores podem apenas vestir equipamentos brancos. Esta regra remonta aos primórdios do torneio, porque, desta forma, acreditava-se que o suor nos atletas seria menos percetível.
Em 2022 cumpre-se o centésimo aniversário da mudança para Church Road, o local onde é disputado atualmente o torneio de Wimbledon, sendo assim o centenário do Centre Court.
O prémio total de Wimbledon é, este ano, mais alto. Os campeões, tanto masculino como feminino, vão receber mais de dois milhões de euros (2,3 milhões). Em prémios, no total, serão distribuídos cerca de 47 milhões de euros, que serão distribuídos por todos os atletas que participem no torneio.
Wimbledon 2022: As polémicas
Com o rebentar da guerra na Ucrânia, vários países e organizações procuraram sancionar os envolvidos na ofensiva, nomeadamente a Rússia e a Bielorrússia. A organização do torneio de Wimbledon não foi exceção e, dessa forma, excluiu a participação dos tenistas de ambas as nacionalidades.
Esta decisão acaba por colocar de parte tenistas como Daniil Medvedev, russo que, até à data, é o número 1 do ranking ATP, ou a bielorrusa Victoria Azarenka, que já esteve no pódio do circuito feminino.
Por outro lado, e em resposta à decisão de Wimbledon, o ATP declarou que nenhum atleta deveria ser discriminado por causa da sua nacionalidade, que esta medida acaba por impactar negativamente o ranking ATP. De forma a reforçar a sua posição, tanto a ATP como a WTA decidiram retirar os pontos ao torneio de Wimbledon.
No entanto, isto não foi bem recebido por alguns atletas, já que os pontos do torneiocontam para o ranking mundial e que, sem eles, poderá haver mudanças muito significativas na tabela.
Wimbledon 2022: as principais ausências e as caras mais conhecidas
Aos nomes já apresentados, que se ausentam devido às sanções impostas, junta-se igualmente Naomi Osaka. Depois de se ter afastado, alegando alguns problemas de saúde mental, a vencedora de quatro Grand Slams (dois US Open e outros tantos Open da Austrália) fica agora de fora a contas com uma lesão muscular.
Também do lado masculino há algumas ausências sonantes. Desde já, Roger Federer, o maior vencedor deste Grand Slam (venceu por oito vezes, já que se encontra a recuperar de uma cirurgia ao joelho. Rafa Nadal, que está a recuperar da lesão crónica no pé desde a final vencida em Paris, procura estar na melhor forma para disputar Wimbledon.
Um dos favoritos para vencer o torneio é então Novak Djokovic, que venceu em 2021, sendo essa a sua sexta vitória neste Grand Slam. Para além do sérvio e de Nadal, também Tsitsipas, o número 3 do ranking ATP, poderá causar surpresas.
Haverá ainda curiosidade para saber até onde chegará o jovem sensação do momento, Carlos Alcaraz. Por fim, Matteo Berrettini, finalista da edição passada, será igualmente seguido com atenção.
2022 também marcará o regresso de Serena Williams a Wimbledon, troféu que já venceu por sete vezes. A tenista norte-americana está recuperada da sua lesão, e, apesar de afirmar que não está a 100%, será outra atleta que valerá a pena acompanhar.
Foto de Capa: Wimbledon
