Futebol

Quem são os melhores marcadores da história do futebol?

O mundo do futebol é moldado por jogadores incríveis cujos talento e aptidão os tornaram lendas, mesmo encontrando-se ainda no ativo ou já de botas penduradas, mas bem de saúde.

Entre estas lendas, os marcadores, goleadores ou pontas-de-lança têm um lugar especial no coração dos fãs; as suas capacidades de inverter jogos com um único remate, quebrar recordes e inscrever momentos inesquecíveis na história do desporto-rei fazem com que sejam as estrelas por excelência da maior modalidade desportiva do globo.

De verdadeiros ícones como Pelé a maestros contemporâneos como Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, a esfera do futebol tem vindo a testemunhar os sucessos de grandes marcadores que prometem inspirar gerações vindouras.

Mas quem são os melhores marcadores do futebol, afinal? É precisamente a esta pergunta que este artigo, da autoria da bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal, procura responder, comemorando os seus extraordinários feitos e mergulhando nos recordes que tornam o futebol um dos eventos mais cativantes à escala planetária.

Os maiores goleadores da história do futebol

O futebol é um desporto que foi abençoado por goleadores fenomenais cujos incríveis sucessos definiram eras e inspiraram fãs, adeptos e simpatizantes dos quatro cantos do mundo.

Como tal, apresentamos-te agora a listagem dos dez melhores marcadores do futebol de que há memória:

10. Joe Bambrick, a Lenda de Linfield (626 golos)

Joe Bambrick (1905-83) é um nome que facilmente reverbera por entre os entusiastas da história do futebol, sobretudo na Irlanda do Norte.

A sua prolífica carreira, dotada de feitos absolutamente notáveis ao longo da primeira metade do século XX, garantiu-lhe um lugar entre os maiores do desporto-rei.

Nascido em Belfast, Bambrick iniciou a sua viagem pelo futebol em ligas amadoras locais, rapidamente chamando a atenção de grandes clubes através do seu talento natural para marcar.

Carreira clubística

A sua carreira disparou quando se juntou ao Glentoran FC, em 1926, embora viesse a deixar verdadeiramente a sua marca no Linfield FC, um dos maiores clubes do futebol norte-irlandês, sendo que ambas as formações competem na atual NIFL Premiership (a primeira divisão daquela nação, uma das quatro que integram o Reino Unido).

O período que Bambrick viveu no Linfield, entre 1927 e 1935, é simplesmente lendário – ao fim de 183 presenças em campo, marcou um total de 286 golos, o que faz de si um dos atletas mais brilhantes da “Liga Irlandesa”.

A sua capacidade de encaminhar o esférico para o fundo da baliza de toda e qualquer maneira (cabeceamentos, receções, remates, etc.) deixava os adeptos em êxtase.

Alguns dos seus mais memoráveis momentos incluem:

  • A época de 1929/30, ao longo da qual Bambrick marcou 96 golos, um recorde que ainda hoje continua por bater no âmbito do futebol norte-irlandês;
  • A consistência do seu desempenho em todas as provas domésticas e europeias, marcando sempre nas alturas de maior importância.

A sua proeza para marcar contribuiu para que o Linfield assegurasse múltiplos troféus e títulos da liga norte-irlandesa.

Em 1935, Bambrick mudou-se para o futebol inglês, tendo sido contratado pelo Chelsea FC, que atualmente compete na Premier League, com o intuito de testar as suas capacidades numa liga muito mais exigente.

Apesar de o tempo que passou no clube londrino ter sido muito menos producente do que na Irlanda do Norte, Bambrick não deixou de marcar 38 golos em 66 presenças em campo.

A sua fisicalidade de jogo e a sua capacidade de converter conquistaram o respeito dos adeptos ingleses.

Carreira internacional

A sua carreira de internacional pela seleção irlandesa (que representava tanto a Irlanda do Norte, como o Estado Livre da Irlanda) não foi longa, mas foi decididamente impactante – contando apenas com 11 presenças, marcou 12 golos.

O seu mais famoso momento aconteceu a 1 de fevereiro de 1930, dia em que marcou seis de um total de sete golos contra o País de Gales, que não teve quaisquer hipóteses de chegar perto da baliza irlandesa; trata-se de mais um recorde que a história do futebol internacional não deixa esquecer.

Todos os seus sucessos (sobretudo os alcançados pelo Linfield) continuam a representar a fasquia mais elevada a suplantar pelos aspirantes a pontas-de-lança da Irlanda do Norte.

9. Gerd Müller, “O Bombardeiro” Alemão (634 golos)

Gerd Müller (1945-2021) é uma das figuras mais icónicas da história do futebol, aclamado pela sua incrível aptidão para marcar.

Os seus contributos para o futebol alemão e internacional constituem os alicerces do seu estatuto enquanto um dos melhores de sempre.

Müller nasceu em Nördlingen, na Zona Sudoeste da Alemanha Ocupada (controlada pelos Estados Unidos), tendo vindo a demonstrar excecional talento para o desporto-rei desde tenra idade.

Carreira clubística

A sua carreira iniciou-se junto do TSV 1861 Nördlingen (um clube local atualmente em competição na Liga Bávara), através do qual marcou 180 golos numa única época pelas camadas jovens, atraindo de imediato a atenção dos olheiros do FC Bayern de Munique, da Bundesliga.

O atleta assinou pelo clube da capital bávara em 1964, transformando-se rapidamente no busílis da sua ofensiva.

Ao longo de mais de 15 anos a jogar pel’«A Estrela do Sul», Müller desempenhou um papel preponderante na evolução do Bayern de uma modesta equipa para uma verdadeira potência futebolística europeia.

Nas suas 607 presenças no relvado pela formação bávara, Müller marcou um total de 566 golos em todas as competições, um recorde que continua por bater na história do clube, contribuindo também para a conquista de:

Carreira internacional

A nível internacional, Müller jogou pela Seleção da República Federal da Alemanha, uma prestação que assumiu um caráter lendário – nos 62 jogos para que foi convocado, o atleta marcou 68 golos, o que se traduz por uma média de mais de um golo por jogo.

Eis alguns dos grandes momentos a recordar:

  • Foi no Mundial da FIFA de 1970, organizado pelo México, que Müller se deu a conhecer ao mundo, tendo marcado 10 golos no decorrer da competição (o que lhe valeu a Bota de Ouro) e levado a Alemanha Ocidental ao 3.º lugar;
  • No Campeonato da Europa da UEFA de 1972, que decorreu na Bélgica, Müller revelou-se essencial para a conquista do troféu, tendo marcado quatro golos ao longo da prova, dois dos quais na final frente à União Soviética, para um resultado de 3-0;
  • Dois anos depois, no Mundial da Alemanha Ocidental, Müller concretizou o seu maior feito ao marcar o golo que atribuiu a vitória à equipa da casa face aos Países Baixos, aos 43 minutos, fixando o marcador em 2-1.

Recordes pessoais

Relativamente a recordes, Müller é, ainda hoje, o melhor marcador da história da Bundesliga, somando 365 golos em 427 jogos; no final da época de 1971/72, contava com 40 golos, tendo sido somente ultrapassado em 2021 por Robert Lewandowski (de quem falaremos seguidamente), que totalizou 41 golos (também pelo Bayern de Munique).

O atleta alemão deteve também o recorde de maior número de golos marcados num Campeonato do Mundo (14), até ter sido ultrapassado por Ronaldo (1976), em 2006.

Em 1970, foi nomeado Futebolista Europeu do Ano.

A par de Eusébio (1942-2014), Dudu Georgescu (1950) e Fernando Gomes (1956-2022), recebeu a Bota de Ouro da UEFA duas vezes (em 1970 e 1972), numa altura em que os critérios para a atribuição do prémio eram bastante exigentes.

8. Jimmy Jones, um Ícone do Futebol Norte-irlandês (639 golos)

Jimmy Jones (1928-2014) é, à semelhança de Joe Bambrick, um dos maiores futebolistas norte-irlandeses, sendo recordado pelo seu domínio da “Liga Irlandesa” em meados do século XX.

Os seus sucessos dentro das quatro linhas tornaram-no uma figura icónica, sobretudo no que diz respeito aos seus contributos para o Glenavon FC em particular e para o futebol norte-irlandês em geral.

Jones começou a demonstrar a sua paixão pelo futebol desde muito cedo em Keady, County Armagh, onde nasceu, iniciando a sua carreira junto de equipas locais; viria a tornar-se futebolista profissional na segunda metade dos anos 40 junto do Belfast Celtic FC, uma formação dissolvida em 1949 no seguimento de um dos mais infames incidentes na história do futebol da Irlanda do Norte e que envolveu, precisamente, Jimmy Jones.

Em dezembro de 1948, num jogo em contexto de Boxing Day (à semelhança do que acontece na Premier League) contra o Linfield, decorrido em Windsor Park, Jones foi vítima de agressão de um grupo de adeptos da equipa adversária.

Jones saiu do ataque com uma perna partida, o que levou o Belfast Celtic a retirar-se permanentemente do futebol profissional e a encerrar atividade; este é um acontecimento que, naturalmente, deixou uma marca negra no futebol norte-irlandês, embora viesse a constituir-se como um ponto de viragem na carreira de Jones.

Carreira clubística

Depois da sua recuperação, o atleta assinou pelo Glenavon FC (que compete na NIFL Premiership), tornando-se o melhor marcador da história da “Liga Irlandesa” com 517 golos, um recorde que ainda está para ser quebrado.

Enquanto jogou por aquela formação, Jones viveu a sua época dourada, fazendo da mesma um absoluto sucesso na década de 50, durante a qual conquistou três títulos de campeão nacional (em 1951/52, 1956/57 e 1959/60), para além de vários troféus nacionais.

Jones jogava com uma consistência invejável, chegando a marcar mais de 50 golos por época ao longo de várias temporadas; a sua fisicalidade, o seu domínio do esférico e a sua finalização precisa faziam com que fosse praticamente imparável.

Carreira internacional

De um ponto de vista internacional, a sua carreira foi extremamente modesta, somando apenas três presenças em campo pela Seleção da Irlanda do Norte e marcando somente um golo.

A falta de oportunidades devia-se, sobretudo, ao preconceito, atribuindo-se primazia a jogadores ao serviço de clubes ingleses.

Recordes pessoais

Eis uma curta lista dos seus principais recordes e sucessos:

  • Com um total de 517 golos no âmbito do campeonato nacional, Jones é o marcador mais bem-sucedido da história da primeira liga norte-irlandesa;
  • O encontro mais memorável em que participou decorreu em 1954, frente ao Cliftonville FC, tendo marcado seis golos;
  • Jones contribuiu para que o Glenavon fosse o primeiro clube da liga irlandesa a vencer o campeonato e a Taça da Irlanda numa só época.

7. Robert Lewandowski, a Máquina Goleadora (656 golos)

Um dos pontas-de-lança mais prolíficos da modernidade, Robert Lewandowski (1988) redefiniu por completo os critérios necessários para manter a consistência e a excelência no futebol.

Dotado de uma excelente capacidade técnica e de uma incrível presença física, já para não falar da sua ética profissional, Lewandowski é um símbolo de sucesso tanto para os clubes por que passou, como para a sua pátria, a Polónia.

Este atleta nasceu na capital polaca de Varsóvia, no seio de uma família intimamente ligada ao desporto – o pai foi também ele futebolista e judoca, enquanto a mãe jogou voleibol profissional.

Carreira clubística

Ter ascendência atlética contribuiu para o desenvolvimento profissional de Lewandowski, que iniciou o seu percurso pelo futebol junto de vários clubes durante a sua juventude, dos quais se destacam o KS Delta de Varsóvia e o Legia II de Varsóvia, antes de se juntar ao MKS Znicz Pruszków, em 2006.

O seu desempenho naquela formação foi absolutamente excecional, transformando-se no melhor goleador das segunda e terceira divisões polacas em duas épocas consecutivas.

Seria no Lech Poznań, contudo, pelo qual assinou em 2008, que Lewandowski viria a mostrar a sua aptidão, ajudando o clube a vencer a Ekstraklasa (o campeonato nacional polaco) no final da época de 2009/10 e terminando a temporada como o melhor goleador da liga.

O seu talento chamou de tal forma a atenção dos olheiros que, em 2010, mudou-se para a Alemanha, assinando pelo Borussia Dortmund e jogando, por conseguinte, na Bundesliga.

Esta contratação mostrou ao mundo quem é Lewandowski, um dos marcadores mais letais de toda a Europa, que teve a oportunidade de ser orientado pelo técnico alemão Jürgen Klopp (1967), um dos treinadores mais bem pagos do futebol.

Logo na sua primeira época, o atleta polaco conduziu o Dortmund à glória, conquistando o título de campeão nacional – um feito que viria a repetir na temporada imediatamente seguinte, de 2011/12.

Um dos seus momentos mais icónicos ocorreu nas meias-finais da Liga dos Campeões da UEFA da época de 2012/13, face ao Real Madrid, marcando os quatro golos que deram a vitória ao Dortmund.

Num total de 187 jogos pela formação da Renânia do Norte-Vestefália, Lewandowski marcou 103 golos.

Em 2014, o atleta progrediu ainda mais na sua carreira ao assinar pelo Bayern de Munique, então sob o comando técnico de Pep Guardiola (1971); a sua passagem pela formação bávara elevou-o ao estatuto de lenda viva, senão vejamos:

  • Imediatamente a partir da sua primeira época, Lewandowski conquistou oito campeonatos nacionais consecutivos (2014-22);
  • Em 375 jogos, marcou 344 golos, tornando-se o segundo melhor marcador do Bayern, precedido apenas de Gerd Müller;
  • Na época de 2020/21, quebrou um outro recorde de Müller ao marcar 41 golos numa só temporada (o atleta alemão tinha menos um);
  • Em 2019/20, Lewandowski conduziu o Bayern à glória tripla, conquistando a Bundesliga, a Taça da Alemanha e a Liga dos Campeões da UEFA, para além de ter sido o melhor marcador da última prova naquela época, com 15 golos;
  • Em setembro de 2015, num encontro com o VfL Wolfsburg, o atleta marcou cinco golos em apenas nove minutos, um feito estonteante que deixou o mundo do futebol boquiaberto.

Em 2022, Lewandowski transferiu-se para o FC Barcelona, procurando defrontar um novo desafio na La Liga; adaptando-se rapidamente ao campeonato espanhol, marcou 23 golos na sua época inicial, o que lhe valeu o Prémio Pichichi, que laureia o melhor goleador da primeira divisão.

Carreira internacional

A nível internacional, Lewandowski é o melhor marcador de sempre da seleção polaca, totalizando 81 golos em mais de 140 presenças no relvado; é também o capitão da formação desde 2014, levando a Polónia a vários Campeonatos da Europa da UEFA e Mundiais da FIFA.

Em 2015, marcou 13 golos durante a qualificação para o UEFA Euro 2016, estabelecendo o recorde de maior número de golos marcados numa fase de qualificação para um campeonato.

Recordes pessoais

Outros recordes do atleta incluem:

  • 10 títulos de Jogador Polaco do Ano;
  • 8 títulos de Melhor Marcador da Bundesliga;
  • 2 títulos de Melhor Marcador da Liga dos Campeões da UEFA, com especial destaque para a época de 2019/20;
  • A dupla conquista do Prémio The Best da FIFA para Melhor Jogador (em 2020 e 2021);
  • A dupla conquista da Bota de Ouro da UEFA (nas épocas de 2020/21 e 2021/22).

6. Josef Bican, o Goleador Condestável (722 golos)

Apesar de ser um dos maiores goleadores da história do futebol (razão pela qual, de resto, se encontra nesta lista), o nome de Josef Bican (1913-2001), curiosamente, não é tão celebrado quanto os de Pelé ou Cristiano Ronaldo.

A sua extraordinária carreira cobriu várias décadas, pelo que muitos dos seus recordes continuam por quebrar, algo que faz do atleta uma figura verdadeiramente icónica do desporto.

Bican nasceu em Viena, no Império Austro-Húngaro, tendo sido criado por uma família apaixonada por futebol; o seu talento para a modalidade sobressaiu logo desde pequeno.

O seu pai, František Bican (1891-1921), fora futebolista profissional, tendo sofrido uma lesão que resultou na infeção de um dos seus rins; faleceu aos 30 anos (quando Josef tinha apenas oito), depois de recusar uma intervenção cirúrgica.

O clube pelo qual jogava, o extinto ASV Hertha de Viena, ofereceu-se para cuidar da família Bican, mas acabou por negligenciá-la por completo com o passar do tempo; ainda assim, o amor de Josef ao futebol nunca esteve em causa, começando a sua carreira nas camadas jovens daquela mesma formação, que deixou em 1931 pelo SK Rapid de Viena, da Bundesliga austríaca.

A sua qualidade de jogo enquanto avançado rapidamente atraiu a atenção do futebol austríaco.

Carreira clubística

Como dizíamos, o primeiro clube pelo qual Bican jogou profissionalmente foi o Rapid de Viena, em cujo nome marcou 49 golos em 61 encontros (entre 1931 e 1935), contribuindo para a conquista do título de campeões nacionais na sua última época.

Posteriormente, entre 1935 e 1937, assinou pelo SK Admira de Viena (atualmente designado “Admira Wacker” e a competir na segunda divisão austríaca), vencendo a primeira liga austríaca duas vezes.

O período de maior sucesso para Bican decorreu entre 1937 e 1948, junto do SK Slavia de Praga (que compete na primeira divisão do futebol checo), oriundo da ex-Checoslováquia:

  • Ao serviço desta formação, Bican marcou 534 golos em 274 jogos;
  • Venceu a primeira liga checoslovaca cinco vezes e foi o melhor marcador da mesma 12 vezes;
  • A sua melhor época foi a de 1943/44, durante a qual marcou 57 golos em apenas 24 encontros.

Mais para o final da carreira, encontrando-se na casa dos 40 anos, Bican jogou por clubes mais pequenos, entre os quais se inclui o Dínamo de Praga, não deixando nunca de surpreender com a sua capacidade para marcar.

Carreira internacional

Em termos internacionais, a carreira de Bican foi única, no sentido em que representou duas nações – a Áustria e a Checoslováquia.

Entre 1933 e 1936, Bican somou 19 presenças pela seleção austríaca, tendo marcado 14 golos; o atleta integrou a lendária “Equipa Maravilha” (“Wunderteam”, originalmente), orientada pelo técnico austro-húngaro Hugo Meisl (1881-1937), que dominou o futebol europeu no princípio dos anos 30.

Entre 1938 e 1949, depois de se mudar para Praga, Bican passou a representar a Checoslováquia, marcando 12 golos num total de 14 partidas disputadas.

Durante a II Guerra Mundial, chegou também a jogar por uma nova equipa, a Boémia e Morávia, marcando três golos num só jogo.

Recordes pessoais

Alguns dos seus principais recordes e sucessos (ainda que oficiosos) incluem:

  • Um total de 1468 golos (marcados em competições e amigáveis), o que o tornaria o melhor marcador de todo o mundo do futebol, embora este número não seja oficialmente reconhecido;
  • Uma velocidade impressionante, alegadamente conseguindo percorrer 100 metros em 10,8 segundos – uma proeza olímpica, à época;
  • Centenas de hat-tricks, dada a sua capacidade lendária de marcar múltiplos golos numa única partida.

5. Ferenc Puskás, o Incrível Magyár (725 golos)

Nascido Ferenc Purczeld Biró (1927-2006), em Budapeste, posteriormente conhecido por “Puskás” (“Revólver”, em Português), este é dos futebolistas mais brilhantes de toda a história do desporto, ainda hoje aclamado pelas suas extraordinárias capacidade de marcar e inteligência técnica.

O atleta húngaro foi um verdadeiro líder da “Equipa de Ouro” do seu país e uma figura central para o domínio do Real Madrid nas competições europeias durante as décadas de 50 e 60.

Puskás cresceu no seio de uma família futebolística por influência do pai (de quem herdou o nome), que era treinador, aprimorando o seu talento nas ruas de Kispest, um subúrbio da capital húngara.

Carreira clubística

Aos 12 anos, assinou pelo Kispest AC (designado “Honvéd de Budapeste FC” a partir de 1949), junto do qual a sua proeza para marcar se tornou mais do que óbvia.

A sua estreia profissional viria a acontecer aos 16 anos, no seio do mesmo clube, transformando-se rapidamente na estrela da equipa.

Depois da II Guerra Mundial, em 1949, o exército húngaro apropriou-se do Kispest, cuja designação passou a “Honvéd de Budapeste”, fazendo de Puskás o rosto oficial da formação.

Ao longo de 13 épocas, o atleta marcou 352 golos em 341 encontros, conduzindo a equipa a cinco títulos de campeões nacionais.

Após a Revolução Húngara de 1956, Puskás fugiu para o Ocidente, assinando pelo Real Madrid em 1958, aos 31 anos; foram muitos os que puseram em causa a sua capacidade de se sair bem-sucedido ao fim de dois anos de inatividade, mas os críticos depressa se calaram.

Ao serviço dos “Merengues”, Puskás formou uma lendária dupla ofensiva com o argentino Alfredo Di Stéfano (1926-2014) e, juntos, dominaram o futebol europeu, conquistando:

Puskás marcou 156 golos em 180 partidas no contexto da primeira divisão espanhola e 242 golos ao longo dos 262 jogos que disputou pela formação madrilena.

Na final da edição de 1959/60 da Taça dos Clubes Campeões Europeus, o atleta húngaro marcou quatro dos sete golos que deram a vitória ao Real Madrid face ao Eintracht de Frankfurt (sendo os restantes três marcados por Di Stéfano) – um dos melhores desempenhos de que há memória em competições europeias.

Carreira internacional

Quanto à sua carreira internacional, Puskás foi a joia da “Equipa de Ouro” da Hungria, mais conhecida por “Os Grandes Magyarok”, a par de outros quatro compatriotas: Sándor Kocsis (1929-79), Zoltán Czibor (1929-97), József Bozsik (1925-78) e Gyula Grosics (1926-2014).

Entre 1950 e 1956, a seleção húngara dominou o futebol internacional, perdendo apenas um encontro num total de 50.

Em 1952 e 1953, Puskás liderou a equipa que venceu a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Helsínquia e a Taça Internacional da Europa Central, respetivamente.

Ainda em 1953, a Hungria disputou aquele que é considerado o jogo do século, derrotando a seleção inglesa em Wembley (um dos melhores estádios de futebol do mundo) por 6-3, tornando-se a primeira equipa estrangeira a vencer na lendária arena; dois dos golos da vitória foram da autoria de Puskás.

No ano seguinte, no Mundial da FIFA organizado pela Suíça, a seleção húngara era a clara favorita à conquista do título, sendo a participação de Puskás absolutamente fundamental, embora o atleta viesse a sofrer uma lesão na fase de grupos.

Apesar de estar recuperado a tempo da final, a República Federal da Alemanha viria a derrotar a “Equipa de Ouro” por três bolas a duas, uma reviravolta chocante conhecida por “Milagre de Berna”.

Puskás inaugurou o marcador aos seis minutos, seguido de Czibor, aos oito; entretanto, já a Alemanha Ocidental restabelecera a igualdade, marcando aos 10 e aos 18 minutos.

Aos 84 minutos de jogo, Helmut Rahn (1929-2003) fez o terceiro para os alemães; Puskás teria marcado apenas dois minutos depois, não fosse a infame decisão da arbitragem de assinalar fora de jogo, colocando um ponto final à corrente de vitórias húngara.

Recordes pessoais

Abordemos alguns dos seus recordes:

  • Dos 85 jogos que Puskás disputou ao serviço da Seleção da Hungria, saíram 84 golos;
  • No âmbito da Taça dos Clubes Campeões Europeus, o atleta jogou 39 partidas, marcando 35 golos;
  • Só na edição de 1959/60 da mesma prova, marcou sete golos, tendo sido eleito o melhor marcador daquela competição na temporada em causa;
  • Foi o melhor marcador da La Liga quatro vezes.

O seu legado foi definitivamente imortalizado em 2009, três anos após a sua morte, através da criação do Prémio Puskás, concedido anualmente pela FIFA ao jogador que concretizar o melhor (ou mais belo) golo do ano.

Na mais recente cerimónia dos Prémios The Best, que teve lugar em dezembro último (e sobre a qual falámos no artigo «Quem foram os maiores vencedores de 2024 no futebol?»), Alejandro Garnacho, extremo argentino de 20 anos (nascido em Espanha) ao serviço do Manchester United, foi o primeiro classificado pelo golo marcado frente ao Everton na época de 2023/24 da Premier League.

Puskás é também uma das poucas lendas que emprestam o seu nome a estádios de futebol.

4. Romário, o Génio da Grande Área (756 golos)

Romário de Souza Faria (1966) é um dos futebolistas brasileiros mais aclamados de sempre, sendo capaz de transformar oportunidades remotas de marcar em golos através das suas técnica, compostura e criatividade.

Nasceu na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, desenvolvendo as suas capacidades nas ruas, de pé descalço; o seu talento natural valeu-lhe um contrato com o Olaria AC, um pequeno clube local pelo qual jogou nas camadas jovens.

Carreira clubística

Em 1985, Romário estreou-se no futebol profissional brasileiro pelo CR Vasco da Gama, que compete na Série A (ou “Brasileirão”), a nível nacional, e no Campeonato Carioca (ou “Cariocão”), a nível estadual, sendo que se trata de uma das maiores equipas brasileiras.

A sua passagem pela formação do Rio provocou um impacto imediato, marcando golos a uma velocidade incrível, o que contribuiu para que o Vasco da Gama vencesse vários campeonatos estaduais.

Em 1988, Romário partiu para a Europa, jogando pelo neerlandês PSV Eindhoven durante cinco anos; nos 167 jogos em que participou, marcou 165 golos, ajudando o clube a conquistar três campeonatos nacionais, cimentando a sua reputação como um dos marcadores mais letais de sempre.

Entre 1993 e 1995, o atleta esteve no FC Barcelona, sob o comando técnico de Johan Cruyff (1947-2016), que também dá o seu nome a um estádio (o do AFC Ajax, neste caso), integrando a famosa “Equipa de Sonho”, que incluiu o agora técnico do Manchester City, Pep Guardiola.

Na sua primeira época pelo Barça (1993/94), Romário marcou 30 golos em 33 jogos da La Liga, levando a equipa à vitória do campeonato, que foi complementada pela sua receção do Prémio Pichichi.

No princípio de 1994, jogou-se o El Clásico em Camp Nou e o Real Madrid acabou derrotado por cinco bolas a zero, sendo que Romário contribuiu com um dos mais memoráveis hat-tricks da história do futebol, incendiando esta que é uma das maiores rivalidades futebolísticas de todo o mundo.

Apesar de todo o seu sucesso, a atitude de desleixo do atleta brasileiro, a par dos conflitos com Cruyff, levaram-no a abandonar o Barcelona ao cabo de apenas duas épocas.

Descontente com o panorama europeu, Romário regressou ao futebol brasileiro, jogando por vários clubes, entre os quais se incluem o CR Flamengo, novamente o Vasco da Gama e o Fluminense FC, junto dos quais continuou a ser um marcador inquestionavelmente produtivo.

Houve ainda uma breve passagem por clubes como o Al Sadd SC (do Qatar), o Miami FC (dos Estados Unidos, entretanto extinto) e o Adelaide United FC (da Austrália, que compete na primeira divisão de futebol masculino do país, a A-League).

Foi o próprio Romário quem declarou que, em 2007, ao serviço do Vasco da Gama, marcara o seu 1000.º golo (incluindo os de jogos amigáveis), embora o número oficial se encontre consideravelmente abaixo; ainda assim, ter marcado mais de 750 golos oficiais foi o que o colocou na quarta posição desta lista.

Carreira internacional

Naturalmente, um atleta tão prolífico quanto este não poderia nunca deixar de ser convocado para jogar pela “Seleção Canarinha”, alcançando o estatuto de lenda viva no Mundial da FIFA de 1994, acolhido pelos Estados Unidos, em que o Brasil se sagrou campeão do mundo pela quarta vez.

Romário foi, a bem da verdade, um herói nacional, marcando um total de cinco golos ao longo da prova, tanto na fase de grupos, como nas eliminatórias.

A dupla com Bebeto (1964) assumiu um caráter icónico e a química verificada entre os dois conduziu ao sucesso da ofensiva brasileira.

A final, disputada no Rose Bowl, em Pasadena, na Califórnia, frente à seleção italiana, terminou em pé de igualdade, tendo sido necessário recorrer ao desempate por grandes penalidades; sendo que “Os Azuis” falharam três dos primeiros cinco penáltis, o Brasil só precisou de três para vencer e Romário esteve lá para converter a partir da marca dos 11 metros.

Por todo o seu trabalho, foi-lhe conferida a Bola de Ouro, reconhecendo-o como o melhor jogador da competição.

Na edição de 1989 da Copa América da CONMEBOL, foi Romário quem liderou a “Canarinha” rumo à vitória, marcando o golo decisivo que viria a derrotar o Uruguai.

Num total de 70 jogos pelo Brasil, o atleta marcou 55 golos.

3. Pelé, O Rei (762 golos)

Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), conhecido à escala global por “Pelé”, é “O Rei” do futebol e autor de um legado que transcende o desporto-rei, constituindo-se como um farol de excelência, desportivismo e inspiração.

Pelé nasceu em Três Corações, uma pequena cidade do Estado de Minas Gerais, no Brasil, tendo sido criado no seio de uma família modesta; começou a desenvolver os seus dotes desde pequeno, utilizando uma meia recheada de trapos em forma de esférico, incentivado pelo pai, Dondinho (1917-96), ex-futebolista.

Carreira clubística

Aos 11 anos, Pelé foi descoberto por Waldemar de Brito (1913-79), ex-internacional brasileiro, que o levou para as camadas jovens do Bauru AC, em São Paulo; quatro anos depois, o seu talento era incontestável, atraindo o interesse do Santos FC (um eminente clube paulista que compete na Série A e no Campeonato Paulista), dando, assim, início à sua carreira no futebol profissional brasileiro.

O atleta jogou um total de 18 anos pelo Santos (entre 1956 e 1974), marcando logo no primeiro encontro, aos 15 anos; das 659 partidas em que participou, marcou 643 golos oficiais, sendo, ainda hoje, o melhor goleador da formação.

Encontrando-se ao comando do Santos, Pelé conquistou seis campeonatos nacionais, duas Taças Libertadores (1962 e 1963) e duas Taças Intercontinentais (1962 e 1963), uma prova organizada pela UEFA e pela CONMEBOL, entretanto extinta (1960-2004).

Enquanto esteve no topo do seu desempenho, Pelé deu a volta ao mundo com o Santos, jogando amigáveis de alto gabarito, o que contribuiu para cimentar a sua fama global.

No fecho da sua carreira, entre 1975 e 1977, jogou pelo New York Cosmos, na North American Soccer League (NASL), extinta em 1984; a sua chegada impulsionou a popularidade do futebol europeu nos Estados Unidos, estabelecendo as bases para o crescimento da modalidade num país com um tipo de futebol próprio.

Tendo disputado 64 jogos pelo Cosmos, Pelé marcou 37 golos, conquistando o título de campeão em 1977.

Se a carreira do atleta no futebol de clubes é extraordinária, o que dizer então do seu percurso no futebol internacional?

Carreira internacional

Mundial da FIFA de 1958
  • No Campeonato do Mundo de 1958, acolhido pela Suécia, Pelé tomou o país escandinavo de assalto com apenas 17 anos, marcando seis golos, incluindo um hat-trick nas meias-finais, face à seleção francesa, e dois golos na final, face aos anfitriões;
  • A “Canarinha” acabou por vencer pela primeira vez a competição por 5-2, um resultado que fez de Pelé um fenómeno global, sobretudo pelas suas capacidade técnica e compostura.
Mundial da FIFA de 1962
  • Apesar de se ter lesionado e, por conseguinte, ter tido uma participação limitada na prova, recebida pelo Chile, Pelé marcou um estupendo golo no jogo de estreia da fase de grupos com o México;
  • A Seleção do Brasil viria a conquistar o seu segundo título de campeã do mundo depois de bater a Checoslováquia por 3-1, assertando o seu domínio no futebol internacional.
Mundial da FIFA de 1970
  • O Campeonato do Mundo de 1970, organizado pelo México, é considerado por muitos como sendo o melhor de todos os tempos, tendo sido também a edição da prova em que Pelé liderou o Brasil rumo ao terceiro título de campeão do mundo;
  • Ao todo, marcou quatro golos, incluindo um na final face a Itália (derrotada por 4-1), embora tivesse feito várias assistências icónicas desde o início da competição;
  • Pela sua prestação, Pelé recebeu a Bola de Ouro da FIFA, que o elegeu melhor jogador do torneio.

De um total de 92 jogos disputados em representação do Brasil, Pelé marcou 77 golos, um recorde partilhado apenas por Neymar, que igualou a lenda a 9 de dezembro de 2022, frente à Croácia, nos quartos-de-final do Mundial da FIFA de 2022, no Qatar, embora apenas ao fim de 124 jogos.

Tendo este encontro terminado em pé de igualdade, com uma bola para cada lado, a seleção croata bateu a “Canarinha” nas grandes penalidades por 4-2.

Recordes pessoais

Os mais importantes recordes de Pelé incluem:

  • 762 golos em 831 jogos, embora o total ultrapasse 1200, se incluirmos partidas amigáveis;
  • Para além de ser o único jogador a ter conquistado três títulos de campeão do mundo, foi também o atleta mais jovem de sempre a marcar numa final de um Campeonato do Mundo da FIFA, com 17 anos e 249 dias de idade;
  • Embora não fosse elegível para receber a Bola de Ouro (atribuída pela revista desportiva France Football) durante a sua carreira, Pelé obteve um troféu honorário em 2014;
  • Em 2000, a par de Diego Maradona (1960-2020), cuja vida foi retratada num documentário de 2019, Pelé foi nomeado Jogador do Século pela FIFA;
  • Em abril de 2023, quatro meses após a sua morte, a marca “Pelé” assumiu o caráter morfológico de adjetivo, tornando-se sinónimo de “excecional”, “incomparável” e “único”, tal como definido pelo Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa.

2. Lionel Messi, o Maestro do Futebol Moderno (850 golos)

Lionel Messi (1987) é consensualmente considerado como sendo o melhor atleta da história do futebol, tendo vindo a mesmerizar fãs e adeptos com as suas incomparáveis aptidão, visão e competência para marcar, que o transformaram num ícone global.

Messi nasceu em Rosario, na província argentina de Santa Fe, no seio de uma família amante de futebol; tal como todos os outros nomes que listámos até aqui, este atleta demonstrou possuir um talento extraordinário para o desporto-rei desde pequeno, jogando pelo Grandoli a partir dos 5 anos e pelo Newell’s Old Boys a partir dos 8, onde, de resto, começou por ser conhecido por “La Pulga”.

Esta alcunha, apesar de inocente, não deixou de ter uma razão de ser mais à frente – aos 10 anos, Messi foi diagnosticado com uma deficiência de hormona do crescimento (hiposomatotropismo), requerendo cuidados médicos que a família não tinha capacidade de custear.

Foi então que, em 2000, aos 13 anos, o atleta e os seus familiares se mudaram para Espanha, sob a promessa de terem todas as despesas clínicas pagas pelo FC Barcelona, desde que Messi se juntasse à academia jovem da formação catalã, La Masia.

Carreira clubística

A sua estreia profissional pelo Barça aconteceu a 16 de outubro de 2004, aos 17 anos, lá permanecendo até 2021; ao longo de 17 épocas, Messi transformou-se no melhor marcador do clube com 672 golos em 778 jogos disputados.

Eis os seus sucessos junto do Barcelona:

A consistência do desempenho de Messi em jogos cruciais, incluindo duas finais da Liga dos Campeões da UEFA (em 2009 e 2011) foi o que o elevou ao estatuto de lenda viva.

A época de 2011/12 foi a mais icónica, registando 73 golos em todas as competições, definindo o recorde de maior número de golos marcados numa única temporada.

Ao fim de mais de duas décadas, Messi despediu-se do Barça, dadas as dificuldades financeiras do clube em pagar o seu salário, transferindo-se para o futebol francês ou, mais concretamente, para o Paris Saint-Germain, da Ligue 1, onde viria a integrar um formidável trio de ataque que incluiu Neymar e Kylian Mbappé (1998), dois dos jogadores de futebol mais caros de sempre.

Messi jogou apenas duas épocas pelo PSG, mas conseguiu atribuir a glória nacional à formação parisiense em ambas, depois de vencer o campeonato nacional em 2021/22 e 2022/23.

Atualmente, o atleta argentino compete na Major League Soccer (MLS), a principal liga de clubes de futebol europeu dos Estados Unidos, ao serviço do Inter de Miami, pelo qual venceu uma Taça das Ligas (disputada entre clubes da MLS e da Liga MX, do México) logo no seu primeiro ano.

A chegada de Messi aos Estados Unidos viria a contribuir, naturalmente, para o aumento da popularidade do desporto-rei no país.

Carreira internacional

Em representação d’«A Alviceleste», o atleta só conta triunfos, começando pela vitória do Mundial de Sub-20 da FIFA de 2005, seguida da conquista da Medalha de Ouro nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim.

Em 2021, concedeu à seleção argentina o seu primeiro grande título internacional em 28 anos, derrotando o Brasil na final da Copa América da CONMEBOL e igualando o recorde do Uruguai (a seleção mais bem-sucedida até então, com 15 troféus), ultrapassando-o na edição seguinte, com a vitória sobre a Colômbia na final da Copa América 2024.

Em 2022, Messi atingiu o absoluto auge da sua carreira, guiando a Argentina ao seu terceiro título de campeã do mundo, no Qatar, um troféu conquistado pela última vez no Mundial da FIFA de 1986, no México, por Diego Maradona e companhia.

Ao todo, marcou sete golos, dois dos quais na dramática final face à seleção gaulesa, para além de ter feito múltiplas assistências essenciais à progressão d’«A Alviceleste» na competição.

A sua prestação valeu-lhe a Bola de Ouro, tornando-se o primeiro futebolista da história a vencer o galardão duas vezes (em 2014 e 2022).

Recordes pessoais

Os seus recordes compreendem:

  • 111 golos em 178 jogos pela seleção argentina;
  • O maior número de presenças em campo pel’«A Alviceleste» e o único a marcar em todas as fases de um único Campeonato do Mundo da FIFA;
  • 7 Bolas de Ouro, pela France Football (2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2021), um feito que ainda mais ninguém repercutiu;
  • 6 Botas de Ouro da UEFA, na qualidade de melhor marcador das ligas domésticas europeias;
  • Prémio The Best da FIFA para Melhor Jogador de 2022;
  • Mais de 850 golos oficiais;
  • Mais de 300 assistências;
  • O maior número de golos marcados num ano civil (91, em 2012);
  • O melhor marcador de sempre do Barcelona;
  • O maior número de hat-tricks na história da La Liga.

1. Cristiano Ronaldo, o Craque do Futebol Moderno (916 golos)

Eis-nos chegados ao topo do pódio, e com um português – Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro (1985), simplesmente conhecido por Cristiano Ronaldo (ou CR7).

Apesar dos múltiplos artigos que já publicámos neste blogue de prognósticos desportivos e guias de apostas em torno do fenómeno nacional, é precisamente por se tratar de um compatriota que lhe conferimos todo este destaque, para além do facto de ser, efetivamente, o melhor marcador da história do futebol, com mais de 900 golos oficiais.

Reconhecido pelas suas extraordinária forma física, inabalável ética profissional e proeza para marcar, Ronaldo elevou as fasquias que definem a excelência do futebol moderno; a sua longa carreira estende-se por várias ligas, no âmbito das quais deixou uma marca indelével através dos seus recordes e do seu espírito de liderança.

O internacional português nasceu no Funchal, na Ilha da Madeira, num lar humilde, evidenciando a sua paixão pelo futebol desde tenra idade, o que o levou a jogar pelo CF Andorinha de Santo António, da 1.ª Divisão Regional, entre 1993 e 1995, ano em que seguiu para as camadas jovens do CD Nacional.

Carreira clubística

Em 1997, com 12 anos, Ronaldo deixou a família e a Madeira pela capital nacional, jogando na Academia do Sporting CP; a sua ascensão pelas camadas jovens foi bastante célere, estreando-se profissionalmente pela equipa principal d’«Os Leões» em 2002, aos 17 anos.

Logo no primeiro encontro que disputou, no contexto da Primeira Liga, marcou dois golos e, numa partida com o Manchester United, chamou suficientemente a atenção de Sir Alex Ferguson, um dos treinadores mais bem-sucedidos da história do futebol, para se transferir de imediato para o futebol inglês e jogar na Premier League.

Foi precisamente em Manchester, ao longo de seis anos (entre 2003 e 2009), que Ronaldo se transformou num verdadeiro astro, reconhecido à escala global.

Entre os seus contributos, incluem-se:

Recebeu a sua primeira Bola de Ouro da France Football em 2008, depois de ter marcado 42 golos em todas as competições da época de 2007/08.

Em 2009, Ronaldo seguiu para o futebol espanhol para jogar ao serviço do Real Madrid, na La Liga, sob a orientação de Manuel Pellegrini (1953), entre 2009 e 2010, José Mourinho (1963), entre 2010 e 2013, Carlo Ancelotti (1959), entre 2013 e 2015, Rafael Benítez (1960), entre 2015 e 2016, e Zinédine Zidane (1972), entre 2016 e 2018.

À época, a sua transferência por €94 milhões definia um novo recorde, à semelhança de outros que conquistou pelos “Merengues”:

Ronaldo tornou-se o melhor marcador de sempre do Real Madrid com 450 golos obtidos de um total de 438 jogos em todas as competições, existindo, nesta altura, duas rivalidades entre Madrid e Barcelona, não só no que toca aos clubes que representam estas cidades, mas também no que diz respeito a Ronaldo e Messi, que os levou a quererem superar-se constantemente.

Em 2018, alegando falta de apoio da parte de Florentino Pérez (1947), o presidente dos “Merengues”, o internacional português fez uma nova transferência histórica (no valor de €100 milhões), desta vez para o futebol italiano, para jogar pela Juventus FC, de Massimiliano Allegri (1967), na Serie A, embora só viesse a estar ao serviço d’«A Velha Senhora» três épocas; em todo o caso, contam-se entre as suas conquistas:

  • 2 campeonatos nacionais;
  • 1 Taça de Itália;
  • O título de Capocannoniere (melhor marcador da liga italiana), com 29 golos marcados ao longo da época de 2020/21.

Em 2021, o Manchester United chegou a acordo com a Juventus para assinar novamente com Ronaldo, embora viesse a permanecer somente uma época em Inglaterra (durante a qual marcou 24 golos), alegando insatisfação em campo e descontentamento em relação aos dirigentes do clube.

Em novembro de 2022, Ronaldo, não se entendendo com o técnico dinamarquês Erik ten Hag (1970), que o usou como substituto, cessou contrato com o United, ficando sem clube durante cerca de um mês, embora permanecesse ativo ao serviço da seleção nacional, no Mundial da FIFA de 2022, no Qatar, durante o qual viria a verificar-se uma situação semelhante com o ex-selecionador nacional, Fernando Santos (1954).

No final do ano, o Al-Nassr, da Saudi Pro League, abriu as portas a um novo capítulo na carreira do internacional, oferecendo-lhe um salário anual garantido de €90 milhões, que, combinados com patrocínios e direitos de imagem, incrementariam para um total de €200 milhões.

Carreira internacional

Internacionalmente falando, Ronaldo há muito que se estabeleceu como o maior jogador da “Seleção das Quinas”, tendo-se estreado pela equipa principal em 2003, aos 18 anos, sob a orientação do técnico brasileiro e campeão do mundo Luiz Felipe Scolari (1948).

Em mais de 20 anos ao serviço da seleção portuguesa, o internacional já representou o país em cinco Mundiais da FIFA e seis Campeonatos da Europa da UEFA, tendo vencido a edição de 2016, em França.

Três anos depois, viria a conquistar a primeira Liga das Nações da UEFA, batendo os Países Baixos na final.

Com 135 golos marcados pela Seleção de Portugal, Ronaldo é o melhor marcador de sempre em contexto internacional e o jogador que mais vezes representou a seleção nacional, com mais de 200 presenças em campo.

Recordes pessoais

A título individual, Ronaldo é detentor dos seguintes recordes:

  • 5 Bolas de Ouro pela France Football (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017);
  • 2 Prémios The Best da FIFA para Melhor Jogador (2016 e 2017);
  • Melhor marcador da história da Liga dos Campeões da UEFA (mais de 140 golos);
  • Maior número de assistências (42);
  • Maior número de golos numa época (2013/14).

Para terminar

Os melhores marcadores do futebol recordam-nos do quão belo é o desporto-rei; de lendas históricas, como Pelé ou Puskás, a ícones da contemporaneidade, como Ronaldo ou Messi, estes jogadores incorporam a essência da excelência no futebol.

Se desejas manter-te informado relativamente aos mais recentes recordes, estatísticas e competições futebolísticas nacionais, europeias e mundiais, não deixes de acompanhar todas as novidades a partir do blogue de prognósticos desportivos e guias de apostas da bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal.

Caso pretendas descobrir outras curiosidades em relação a este tema, dispomos de outros artigos que te revelam, por exemplo, quem são os melhores jogadores da história do Campeonato da Europa da UEFA, os melhores marcadores da mesma competição, os melhores marcadores das ligas europeias, os melhores marcadores da Liga dos Campeões da UEFA e os 10 maiores marcadores do Mundial de Clubes da FIFA.

Lembra-te de que o nosso objetivo é tornar a tua experiência de apostas tão imersiva e divertida quanto possível, embora te caiba proceder com um elevado sentido de moderação, assente em princípios de jogo responsável.

Artigos que também podes gostar

Futebol

Sê muito bem-vindo! A bwin, a maior plataforma online de apostas desportivas em Portugal, deseja-te um próspero ano de 2025! Como bem sabes, um...

Futebol

Todos os anos são marcados por grandes acontecimentos futebolísticos em que equipas, jogadores e treinadores procuram suplantar os mais portentosos obstáculos que surgem ao...

Futebol

O futebol é muito, mas mesmo muito mais do que uma modalidade desportiva – trata-se, sobretudo, de um fenómeno de interculturalismo que tem poderosas...

Modalidades Desportivas

Acompanha-nos no nosso olhar sobre os jogadores mais icónicos do rugby mundial, a par da ascensão de talentos portugueses na disputa pela Rugby World...

bwin.pt | Todos os direitos reservados